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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Homenagem ao Conterrâneo

9º Homenageado: Francisca dos Santos Rodrigues – conhecida por Francisquinha

Francisquinha era filha de Amadeu Genésio Rodrigues e Ana de Sousa Santos (Donana), sendo sua mãe irmã do Cel. Chico Santos. Ela nasceu uma menina forte e saudável, primogênita do casal, no dia 2 de janeiro de 1912. Seus irmãos: Maria do Socorro, Rosa, Roldão, Manoel (Miléo) e Zé Amadeu, a tinham como referência, pois esta lhes passava segurança, confiabilidade e nutria um cuidado e amor incomensuráveis por eles.

Quando criança, tão logo começou a falar, já denotou sua inteligência admirável, pois se expressava com boa fluência verbal e chamava a atenção de quem a ouvia; e ainda possuía uma enorme capacidade de apreender e interpretar os conhecimentos cognitivos. O primeiro professor, Miguel Guarani, ressaltava com veemência a necessidade do pai, Amadeu Genésio, colocar aquela menina prodígio para estudar na capital baiana a fim de dar continuidade aos estudos e daí tornar-se, quiçá, no futuro, uma médica bem sucedida. O mestre Miguel conseguiu perceber que com aquele grau de “QI” ela poderia alçar vôos altos através da educação sistematizável.

Em 1925, quando era apenas uma menina-moça, Francisquinha e sua mãe (Donana) passaram por uma experiência um tanto estranha e inusitada. Alguns membros da Coluna Prestes - conhecidos por revoltosos - aportaram na casa da família e “exigiram” que aquela mocinha costurasse para eles capangas e lenços vermelhos durante 5 dias, quase sem direito a descanso. Sua mãe, Donana, pôs-se aos pés do Coração de Jesus suplicando proteção para sua filha. Ela, sendo viúva, temia que aqueles hóspedes, inesperados e intransigentes, ousassem levar sua filha, que era ainda uma menina-moça, mas com dotes físicos interessantes. Tinha a pele morena, cabelos lisos e brilhantes como os de uma índia e uma simpatia contagiante. Felizmente, eles comportaram-se com respeito, talvez intimidados pela presença masculina constante do Sr. Zé Crato que, na ocasião, fez as vezes de guarda-costas (segurança) da família de Donana.

Em 1954, ela acompanhou de perto e participou ativamente das Missões, a qual foi presidida por D. Raimundo, então bispo de Oeiras-Pi, que juntamente com Frei Egídio e Frei Conrado celebraram o referido ato religioso e este ficou marcado na memória do povo francissantense. Ao final das Missões, D. Raimundo fincou um Cruzeiro, na entrada da cidade, como marco daquele grande acontecimento religioso e convocou o “Apostolado da Oração” para atuar dali em diante, sendo ela parte integrante da 1ª equipe de coordenação do apostolado. A partir daquele evento, marcante para um povo de cultura religiosa forte, Francisquinha e Sr. Tonho (esposo dela) passaram a liderar uma caminhada ao cruzeiro, todos os domingos, às 17:00h, para rezar o terço, hábito que fortaleceu muito o espírito religioso inerente ao povo de sua terra.

É preciso dizer que o traço mais marcante de sua personalidade era o seu amor a Deus e a vontade incontida de servi-Lo. Este seu dom refletia-se na disponibilidade irrefutável de ouvir os mais humildes e ajudá-los na solução de seus problemas. Podemos registrar como prova de suas ações nesse sentido, a atenção especial que Francisquinha sempre deu à família de Zé Crato e Joana, bem como aos seus descendentes mais diretos (filhos), os quais a chamavam carinhosamente de Madrinha Fransquinha. Percebe-se nisso, a visão larga que ela tinha de “viver a religião”, “de expressar seu amor a Deus de forma concreta”, na horizontalidade do amor fraterno. Suas ações eram direcionadas aos mais necessitados que estivessem ao seu alcance, o que traduz e ratifica sua obediência ao Sagrado Mandamento da Lei de Deus. Ela sempre deu testemunho de uma fé viva, com uma atuação marcante na vida religiosa de Francisco Santos.


Por: Nazaré Rodrigues e Francisca Santos (Fiquinha)

2 comentários:

  1. Eu me lembro bem de "mãe francisquinha" nunca vi mulher tão sábia que nem ela.quando criança, ficávamos eu e um monte de meninos ouvindo suas estórias sobre o abc do boi, os revoltosos e as famosas visagens!! saudades de quinquinha.

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  2. OS NOSSOS "COFRES VIVOS" EM QUE SE DEPOSITAVAM NOSSAS LENDAS E TRADIÇÕES ESTÃO DESAPARECENDO. FRANCISQUINHA ERA UM DESSES COFRES.É ORECISO QUE NOVOS COFRES APAREÇAM. TEMOS EM TAMO E EM IVANIL PESSOAS INTERESSADAS. TEMOS DE LOUVAR, NESTE ASPECTO, O SURGIMENTO EM DATA RECENTE, DO PONTO DE CULTURA "ARTES DA TERRA", QUE SE PROPÕE A REALIZAR ESTE TRABALHO. O JOVEM DE DINÂMICO ANTÔNIO JOVEM É OUTRA PROMESSA JOVEM. QUANO ELE POSTA EM SEU BLOG FOTOS ANIGAS - DE PESSOAS, DE LUGARES, DE CASAS ETC - ESTÁ REPRODUZINDO IMPORTANTE MATERIAL PARA AS NOVAS GERAÇÕES.
    AVANTE, PONTO DE CULTURA, COM NOSSA PEQUENA-GRANDE ANA CARLETE!
    AVANTE, ANTÔNIO JOSÉ. PARODIANO ALCIONE, DE INCENTIVO: NÃO DEIXA O BLOG MORRER. ELE É A COMUNICAÇÃO EFICAZ, INSTANTÂNEA E BARATA DE NOSSA GENTE DISPERSA POR ESTE BRASIL AFORA.
    JOÃO BOSCO

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