Bem Vindo ao Blog de Fco. Santos - PI

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Fotos do Chico Folia 2009.

O Chico Folia 2009 foi um arraso, estima-se que tenha passado por a festa durante os dois dias de folia, mais de 3.000 pessoas, conterrâneos, de cidades vizinhas e a população local. Os foliões estavam muito animados divididos em vários blocos, entre eles: Os 100 Parêa, Scotland, 100% Família, Só Kurtição, Bloco do Saquinho, Bloco do Alto, Kana Loka, Sakanagem, Bloco do Obama, Movido a Alcool, Motivo para Beber, Cabe +1, Kaikana, Os Inocentes. Tudo correu como o esperado, sem brigas, tudo na santa paz.

















domingo, 27 de dezembro de 2009

Chico Folia 2009, a folia vai começar

Tudo pronto para o inicio da 8ª edição do Chico Folia, carnaval fora de epoca de Francisco Santos - PI, onde durante toda a semana os blocos da cidade fizeram as sua prévias. Dentre os vários blocos posso cirtar alguns, são eles: Scotland, Kana Loka, Beija Eu, Sakanagem, Só Kurtição, Kai Kana, Os Garanhões, entre outros vários.



sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

24 de Dezembro, 49 anos de emancipação da nossa querida Francisco Santos.

O municipio de Francisco Santos, desmembrado de Picos, foi criado pela Lei Estadual nº 1.963, de 09/09/1960. A sua instalção aconteceu em 24/12/1960.
No periodo de 60/60 a administração municipal ficou a cargo de prefeitos nomeados. Em fins de 62 foram eleitos o premeiro prefeito, vice-prefeito, e 05 vereadores que assumiram seus mandatos em 31/01/1963.
O municipio de Francisco Santos integra a Microrregião dos Baxiões Agrícolas Piauiense, localizada no centro-leste do estado.
A sede municipal dista, em linha reta 277 Kms, e, por rodovia, 360 Kms da capital Teresina e 50 Kms de Picos, cidade polo da Microrregião.
A área total do municipio é de 224 Km². Está encravada na região tropical, abaixo do equador, ficando a sede municipal a 6° 59' 02'' de latitude sul e a 41° 10' 45'' de longitude oeste.
Limita-se, ao sul, com os municipios de de Jaicós e Picos; ao oeste, com Santo Antonio de Lisboa; ao norte, com Pimenteiras; ao leste, com Monsenhor Hipolito.






sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Homenagem ao Conterrâneo

3º Homenageado: Mariano da Silva Neto (Professor Mariano)



Mariano da Silva Neto nasceu em 04/12/1924. Estudou no Seminário de Teresinae no de olinda. Ordenou-se em Recife no dia 02/12/1951. Foi durante 19 anos pároco de jaicós, funções que acumulou durante dois anos, com as de vigário ecônomo de Paulistana.
Em Jaicós fundou e dirigiu o ginásio Pe. Marcos e o educandário Nossa Senhora das Mercês. No periodo de 71-73 fez curso de mestrado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde defendeu tese. Enquanto fazia seu curso, foi vigário na paróquia de São Francisco Xavier, no bairro da Tijuca no Rio.
Regressando ao estado tornou-se professor da Universidade Federal do Piauí, onde dirigiu o Centro de Ciências da Educação no périodo 74-83.
Dispensado do Sacerdócio pelo Papa Paulo VI, casou-se com Carminda Luzia da Fonseca Reis, de Jaicós, de quem tem dois filhos: Erika e Danilo.
Filho de João Mariano da Silva e de Maria da Silva Rosa (Sarica), o ex-Pe. Mariano é trineto e tetraneto dos casais Rosa e Policarpo, Isabel e Antonio Rodrigues.
Professor Mariano entre suas obras está a criação do livro O Municipio de Francisco Santos em ocasião dos 25 anos de emancipação da nossa cidade. Por tudo isso o Professor Mariano tem uma escola de ensino médio em sua homenagem.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Popsalfest 2009

Vai ser dia 19 de Dezembro no Lisboense Club em Santo Antonio de Lisboa com a danceteria Big Boy e Dj Léo e a participação do Show Men Ranicley.

Vai ter o resultado do Concurso Garota popsal 2009.

REALIZAÇÃO: POPSALNET

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Jogo entre Francisco Santos x Demerval Lobão começa no sabado e só termina na segunda feira.

Seleção de Francisco Santos da esquerda para direita, em pé: Edielson, Edinardo, Marielson, Reginaldo, Luciano, Jonas(beiju). Agachados: Neudimar, Wagner, Marcilio, Pedro, Felisberto.


O jogo válido pelas quartas-de-finais do campenato piauiense de futebol amador, entre as seleções de Francisco Santos e Demerval Lobão começou no sabado em Francisco Santos e só terminou na segunda feira em Pimenteiras, e com final feliz para nós franciscosantenses.
O jogo que começou no sabado, teve inicio com 20 minuto de atraso por parte da seleção de Demerval Lobão. Quando a bola rolou Francisco Santos que precisava ganhar foi logo pra cima, mas a seleção de Demerval que veio para se defender estava conseguindo, até Francisco Santos encontra o atacante Marielson livre para de cabeça marcar, 1x0 para Francisco Santos, e o 1º tempo termina assim. Quando começa o segundo tempo numa bola alçada na área a bola sobra na entrada da grande área para o jogador de Demerval que chuta mas a bola bate na zaga e volta para outro jogador de Demerval que acha o atacante livre de marcação, que chuta na saída do goleiro para empatar a partida 1x1. Com esse resultado a nossa seleção estava ficando fora das semi-finais, e pior foi quando veio a expulsão de Jonas(beiju) nos deixando com 1 homem a menos em campo, mas, Jonas não foi o unico expulso, mas tarde Waguim tambem foi expulso nos deixando com dois homens a menos. Nós com dois a menos, perdendo a classificação, muitos dos nossos torcedores ja estavam deixando o campo, quando aos 35 minutos da etapa final o jogador Fernando(Tinane) que tinha entrado no segundo tempo, chutou de longe e com uma ajuda do vento a bola entrou e nós viramos o placar 2x1. Neste momento com o grito de gol entalado, retomando a classificação alguns torcedores não se contiveram e comemoraram dentro de campo, mas foi uma coisa rapida não mais que 20 segundos todos ja estavam em seu lugar, e o juiz da partida por medo ou por pouca experiencia achou melhor terminar a partida e levar jogo com os 10 minutos restantes para serem jogados na cidade de Pimenteiras na segunda feira as 04:00 Hs da tarde com o placar de 2x1 para a seleção de Francisco Santos. Na segunda fomos para Pimenteiras jogamos os 10 minutos restantes e não levamos gol, quando acabou a seleção de Demerval reclamou que teria que ter mais tempo e o juiz deu mais 5 minutos mas mesmo assim a nossa Seleção de Francisco Santos com dois jogadores a menos ganhamos a partida e nos classificamos para semi-final que será dia 17 de Dezembro quinta-feira, contra a Seleção de Parnaíba na cidade Teresina no estádio Lindolfo Monteiro.
VEJA MAIS FOTOS DO JOGO





segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Neste domingo pequenos agricultores de Francisco Santos - PI, passaram no Globo Rural.

Pequenos produtores de caju de Francisco Santos e cidades vizinhas como Santo Antonio, Monsenhor hipolito e Picos foram entrevistados pelo Globo Rural.
Entre os entrvistados estão Eduardo, Carlos Magno(tulim), socorro de Afonso e seu Esposo Sebastião e Titi de Luiz Banzeiro.

Veja o video do programa na Íntegra, com todas as entrevistas.



Bendito caju

13.12.2009

Quatro ou cinco meses do ano muitos agricultores do nordeste têm o caju como principal fonte de renda. Isso porque o cajueiro é uma planta que resiste à seca e produz justamente quando mais falta água.
No Piauí, um programa de distribuição de mudas vem melhorando a vida de pequenos produtores. Os repórteres César Dassie e Jorge dos Santos estiveram no lugar e encontraram muita gente feliz.
O verde que se destaca na paisagem é o que dá sustento para o nordestino nos meses mais secos do ano.
Na área de transição entre o cerrado e o semi-árido, em períodos de estiagem, a vegetação perde as folhas e fica com uma aparência morta. Esse é um mecanismo de defesa das plantas para aguentar a falta de chuva e a temperatura que gira em torno dos 40ºC. O curioso é que justamente nessa época o cajueiro coloca para fora todo o seu esplendor, com suas folhas verdes e frutos coloridos.
Noventa por cento da produção brasileira de caju sai de áreas impróprias para o desenvolvimento de outras lavouras, segundo cálculos do agrônomo Jaime Cavalcanti, da Embrapa Agroindústria Tropical, com sede em Fortaleza.
“Nessa época do verão, que vai de setembro até dezembro ou janeiro, o pessoal não tem nenhuma outra renda, não tem o que fazer no campo. Ele não deixa o nordestino na mão. Então, eu comparo à poupança: o rendimento é pouco, mas é seguro. Quem não quiser plantar caju, vai plantar o milho ou outras culturas que dão mais dinheiro. Mas é como se fosse aplicação em ações, o seu risco é alto de você perder tudo também”, explicou Cavalcanti.
Essa é a realidade dos pequenos produtores do sudeste do Piauí, que vivem numa região castigada pelo clima extremo. “A região, hoje, sem o caju, se acaba”, falou Eberson Martins de Oliveira, técnico agrícola da Emater do Piauí.
Entusiasmado com o Programa de Distribuição de Mudas de Caju que o governo estadual vem realizando desde 2003, o técnico agrícola da Emater do Piauí, Eberson de Oliveira, traduz em valores as mudanças que ocorreram de lá para cá.
“Aqui, por dia, no pico da safra, está movimentando em torno de R$ 200 mil. Antes do caju ser instalado, a movimentação da produção agrícola nesse período era zero. Era só o que o agricultor conseguia com o feijão e mandioca no período chuvoso. Nessa época que a gente está com produção do caju, antes dele não existia nada”, comparou.
Além da pouca chuva, que por ano não ultrapassa os 500 milímetros, a má qualidade do solo diminui a possibilidade de uma agricultura mais diversificada.
“É um solo com características arenosas, um solo pobre em nutriente. Aqui está muito quente. A bota está estralando. Só o caju para produzir com qualidade e se tornar a riqueza de nossa região”, falou Oliveira.
Riqueza misteriosa, de acordo com o agrônomo da Embrapa Agroindústria Tropical, doutor Emilson Cardoso. “Onde o cajueiro vai buscar água para conseguir produzir tantos frutos é uma boa pergunta. Há muito que estamos estudando o motivo. Nós temos o lençol freático em torno de 300 metros de profundidade. Obviamente, o cajueiro jamais buscará água nessa profundidade. É realmente um enigma descobrir onde esse cajueiro vai buscar água. Uma das ideias que a gente tem é que ele absorve água pelas folhas durante o orvalho. Mas não temos certeza. Temos apenas essa ideia porque obviamente de onde é que vem essa água. O cajueiro ainda surpreende e provoca perguntas, garantindo o nosso trabalho”, brincou.
Nativo do Nordeste, o cajueiro foi eleito pelo governo do Piauí como a planta certa para estimular a economia nas pequenas propriedades. Em seis anos, já foram distribuídos perto de oito milhões de mudas.
A Fundação Banco do Brasil e o Sebrae também participam do fortalecimento da lavoura do caju em nove municípios na região de Picos.
É pela BR-020, que liga o sudeste do Piauí a Fortaleza, no Ceará, que se chega à maioria das pequenas propriedades rurais envolvidas com a produção de caju. São 530 agricultores ligados à Cocajupi, a Central de Cooperativas dos Cajucultores do Piauí, criada para intensificar as atividades junto aos produtores familiares.
Hoje, por exemplo, é dia de colheita no sítio da família Rodrigues, onde estão o seu Sebastião, a dona Socorro e o Carlos, o filho caçula do casal, que, ao contrário dos seus dois irmãos, não teve que ir para a cidade procurar uma vida melhor. “O negócio do caju na região melhorou bastante. Eu já me queixei mais da roça. Hoje, eu não tenho tanta queixa porque o caju está com um preço bom e da para a gente ir vivendo”, disse.
“A agricultura que a gente cultivava era o feijão, a mandioca, o milho. Quando eu era pequeno, a gente pegava castanha e plantava. Meu pai brigava que ocupava espaço das outras agriculturas e arrancava. Ele não gostava. Depois, quando apareceu esse incentivo do governo, foi se expandindo e hoje em dia só se fala no caju”, lembrou seu Sebastião.
Como o trabalho nos 15 hectares de caju depende do esforço familiar, a dona Socorro se desdobra para dar conta dos afazeres. “Eu batalho bastante. Cuido da casa e da roça”, disse.
Dos três mil pés de caju que os Rodrigues têm na propriedade, pelo menos mil foram doados pelo programa de distribuição de mudas.
Depois da colheita do dia, que acaba cedo por conta do sol quente, a família se reúne para separar a castanha do pedúnculo, como é chamada a parte que serve para suco.
“O campeão para fazer esse serviço na família é o pai”, apontou o Carlos.
É que seu Sebastião tem uma técnica especial para fazer o serviço. Com uma linha de pesca, ele dá uma voltinha na base da castanha, um puxão e pronto. “A castanha e o caju ficam bem limpinhos. Não amassa o caju e ele não perde água. Quando está um pouco mole, o caju perde bastante água porque ele apertado para poder conseguir. A linha tira o caju sem nenhum problema”, explicou.
O agricultor que não faz esse trabalho na propriedade vende o caju inteiro para a indústria de suco.
Os incentivos que ocorreram no campo e, consequentemente, a maior oferta de caju pela região despertaram o interesse de empresários que transformam fruta em suco. Quatro fábricas foram instaladas. Só uma delas deve comprar algo em torno de 3,6 milhões de quilos de caju dos pequenos produtores.
“O pequeno produtor cuida bem e zela pela lavoura. Eles começam cedo a colher o caju e trazem a fruta fresquinha. Não da tempo de a fruta deteriorar e ficar muito mole. O suco de caju tem uma boa aceitação no mercado. Só se compara ao maracujá, que é muito bem vendido. São dos dois sucos que mais tem saída no mercado”, justificou Adailton Luís Correia, gerente da indústria.
O caju que cai do pé e resseca não serve para suco/a indústria não quer. A castanha, que não estraga fácil, será separada e vendida. O pedúnculo que murchou também tem destino certo.
O trabalho com os pequenos produtores estimula o uso do caju como um todo. Enquanto no Brasil noventa por cento do pedúnculo se perde no campo, os agricultores da Cocajupi conseguem aproveitar algo em torno de 60%.
Na propriedade do seu Sebastião Francisco de Souza, o pedúnculo entra como principal ingrediente na ração para os animais. “Hoje, quem produz caju sabe o tanto de bicho que pode criar. Se for aumentando o plantio de caju, ele pode aumentar a quantidade de animais”, disse.
Duas vezes ao dia, de manhã e à tarde, basta ouvir o barulho do triturador que o gado já encosta à espera da comida.
Na composição, são colocados 20% de mandioca, seja da raiz ou da maniva, devidamente secas para evitar a intoxicação dos animais; vinte por cento de milho; e 60% de caju, um alimento rico em ferro, cálcio e fibras. Com a ração pronta, basta seu Francisco se aproximar que as ovelhas vão em disparada. No outro piquete, as vacas também aprovam a mistura.
Seguindo o que ocorre com a produção nacional de caju, os agricultores da Cocajupi também têm na castanha sua principal fonte de renda. Neste ano, a produção deve atingir 750 mil quilos, que serão beneficiados nas oito mini-fábricas espalhadas pela região.
Na mini-fábrica do município de Monsenhor Hipólito a castanha é aberta uma a uma, depois de passar por um processo de cozimento. A lâmina que corta a castanha só se fecha com o movimento da perna, embaixo da mesa.
Do lado de dentro da mini-fábrica, a gestora do Sebrae, Geórgia Pádua, destaca o humor das famílias que vivem no campo. “Você a felicidade do produtor, das pessoas envolvidas com a cadeia. É um orgulho, é uma riqueza você trabalhar com a cajucultura. A cada cinco hectares plantados, há uma geração de emprego direto e dois indiretos. É bastante coisa. E hoje em dia nós temos um produtor rural que, no início do projeto, tinha um ganho de R$ 189, consegue ganhar R$ 465, que é o salário mínimo, por mês”, comparou.
Da mini-fábricas, as amêndoas são levadas para a sede da Cocajupi, no município de Picos, onde se faz a seleção e a torra da amêndoa vendida para sete Estados brasileiros.
“O Acre, Rondônia, São Paulo, Rio, Pernambuco, Bahia e Paraná. Nessa safra atualmente, o preço de mercado pago por atravessadores está em torno de R$ 0,70 a R$ 0,75 o quilo da castanha no campo. Hoje, a cooperativa, até essa semana, está recebendo em torno de R$ 1,00. Quer dizer, são R$ 0,25 já no preço na roça. A conseqüência disso é que os produtores não são mais apenas produtores de castanha e sim produtores de amêndoa vendendo direto para o consumidor final”, explicou Luiz Eduardo Rodrigues, diretor da Cocajupi.
Só com a castanha que chega das pequenas propriedades a Cocajupi movimenta cerca de R$ 800 mil por ano. O dinheiro melhorou a vida de muita gente, como da família Rodrigues, que faz questão de mostrar no que se transforma o produto que sai do campo.
“Essa estante já foi com o dinheiro do caju desse ano. Temos uma geladeira também, que eu comprei esse ano com o dinheiro da safra. Há uns quatro anos eu queria comprar uma geladeira. A outra que eu tinha era velhinha, bem menor. Esse ano deu para comprar uma melhor”, comemora a dona Socorro.
De um quartinho do lado de fora da casa, vem o Carlos empurrando sua mais nova conquista. “Eu tinha uma moto um pouco mais velha. A safra esse ano foi bastante aproveitável e consegui trocar a moto numa nova”, disse.
Deu até para comprar uma porteira nova, que está à espera de ser instalada na entrada da propriedade.
No ano que vem, os agricultores da Cocajupi pretendem exportar o caju para os Estados Unidos, França e Itália.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Fotos Antigas de/ou em Francisco Santos - PI

2ª Foto Antiga.
Enquanto as doações de fotos antigas não chegam eu vou colocando algumas fotos minhas.
Essa foto tem por volta de 25 anos, foi no dia do casamento da minha tia Graciomar. da esuerda para direita, estão nessa foto: Helena de Bida, Eva de Socorro de Abel, a minha avó Aldenora de Quincó de Barros, por trás dela está o meu pai Titonho de Dasgraças e minha mãe Maria de Isaac de Ana, continuando a noiva Graciomar e o noivo Francisco e por ultimo o meu avô Isaac de Ana.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Copa Piauiense, Semifinalistas definidos.


Após 5 meses de competição, a V Copa conheceu neste fim de semana (07/12/2009)três dos seus quatro semifinalistas. A última vaga será conhecida do confronto entre Francisco Santos X Demerval Lobão, que acontece sábado (12/12). Confira os resultados das quartas-de-final e os confrontos das semifinais:

Uruçuí 3 x 2 Monte Alegre
Pedro II 1 x 1 Parnaíba
São João do Piauí 1 x 1 Picos

SEMIFINAIS
17/12 - Lindolfo Monteiro

18 horas
Parnaíba x Frco Santos/Demerval Lobão

20 horas
São João do Piauí x Monte Alegre

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Semifinal e Final da Copa Piauiense Masculina será no Lindolfo Monteiro


Vista Aérea do Lindolfo Monteiro
Foto do Gramado do Lindolfo Monteiro

As semifinais e finais da Copa Piauiense de Futebol Amador Masculina 2009, acontecerão no estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina, nos dias 17 e 20 de dezembro, respectivamente.

As partidas decisivas da Copa deveriam acontecer no estádio Albertão, mas depois de um acordo entre o presidente da Fundação dos Esportes do Piauí (Fundespi), Vicente Sobrinho e o secretário da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Teresina (Semel), Ronney Lustosa, ficou acertada a transferência dos jogos para o Lindolfo Monteiro.

"A final da Copa será uma grande festa do esporte amador do Estado do Piauí e vamos realizar no estádio Lindolfo Monteiros. Fizemos o pedido ao secretário da Semel e ele nos atendeu", conta Vicente Sobrinho.

PARCERIA - O presidente da Fundespi, Vicente Sobrinho, durante a visita feita ao secretário da Semel, Ronney Lustosa, propôs parceria no projeto de criação do Comitê Piauí Olimpíadas 2016, que visa revelar talentos que possam representar o Estado na competição que será o Rio de Janeiro.

"Independente de questões políticas, o que importa é o esporte do Estado do Piauí. A nossa intenção é fazer um trabalho em conjunto com a Semel no desenvolvimento do projeto para a Olimpíadas", disse Vicente.

A proposta foi aceita por Ronney, que irá indicar um membro da Semel para fazer parte do Comitê. "È uma idéia muito interessante, é importante a descoberta de talentos dentro das federações e trabalhe em cima deste atletas. Fico animado com esta idéia e estou à disposição para ajudar no que for preciso", conclui Ronney.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Homenagem ao Conterrâneo

2º Homenageado: Miguel Borges de Moura (Miguel Guaraní)

1
Aqui e agora começa a biografia do mestre Miguel Borges de Moura, que depois, em virtude de sua atividade de violeiro, passou a ser mais conhecido como Miguel Guarani.

Miguel Guarani nasceu no Diogo, um lugarejo da fazenda Jenipapeiro, hoje município de Francisco Santos, Piauí, no dia 18 de maio de 1910. Não se sabe se foi uma festa ou não quando nasceu o segundo filho (e o primeiro varão) do casal Feliciano Borges de Moura/ Rosa Maria da Conceição, pais de Miguel. Comumente no Nordeste o é.

Como era o Diogo de então? À margem do rio, para o lado do norte subia um planalto que chamavam de “Serra” ou “Gerais” onde fazia limite com o Ceará. Atravessado pela estrada real que vinha do povoado Jenipapeiro e corria para o sul, no rumo de Picos, passando antes por Rodeador, Bocaina, Sussuapara, era a única via de comunicação com o mundo, porém apenas para pessoas e animais. Nem mesmo por carro de boi podia ser percorrida, em virtude do areal tremendo na maioria do seu percurso. O solo sáfaro, cansado de tanto sofrer queimadas, composto de areia, lajedos, cascalhos, quase nada fornecia à agricultura que não fosse um pé de mandioca, feijão, abóbora, melancia para subsistência. Somente quando Sinhô do Diogo subiu a “Serra” e chegou aos “Gerais” foi que encontrou melhores terras e a agricultura prosperou. A renda maior era tirada da vazante do rio, onde se plantava, na estação seca. Na formação da terra do Diogo havia caldeirões que durante a estação chuvosa serviam para os bichos beberem mais perto – a fonte principal era o Rio Riachão – e os meninos tomarem banho. Miguel deve ter tomado banho nessas águas frias e gostosas do começo do inverno como todos os meninos de sua época. Porém, por pouco tempo, que a sua infância foi curta: O trabalho da roça e, agora, as letras, o absorviam.

Os filhos do casal Feliciano/Rosa foram nascendo um atrás do outro, chegaram a dez. Uma família e tanto. Sinhô do Diogo, não podendo contratar um mestre-escola para ensinar aos filhos em casa, alfabetizou o mais velho dos varões, Miguel Guarani, que depois se tornaria o professor dos irmãos e irmãs. E assim se fez o começo do que viria ser o maior e mais conhecido mestre-escola da redondeza de Picos.

2
Uma bela manhã de verão Sinhô do Diogo começa a executar seu plano de fazer de Miguel, o mais franzino dos filhos, um professor. Pega a carta de ABC, passa-lhe a tarefa.

– Quando eu chegar da roça, quero ver o que aprendeu.

À noite, Sinhô chega e chama o filho. Pede-lhe conta da lição, como havia prometido. Para sua surpresa, o menino – devia ter entre 6 ou 8 anos – soube todas as letras do ABC na carretilha. Examinadas uma a uma e salteadas, reconheceu todas. Sinhô animou-se. Nos dias seguintes passou-lhe a “carta de sílabas”, a “de nomes...” E em menos de um mês a leitura ia desembaraçada, lia uma carta e desenhava outra. Depois Miguel enfrentaria a “carta de tabuada” – somar e multiplicar, com a mesma inteligência, sem fazer corpo mole. Nem podia. A disciplina do velho era dura. Se não desse para as letras ia para o cabo da enxada, da foice e do machado, na derruba do mato para o plantio de mandioca, na “Serra”, de sol a sol.

Mas não só de trabalho era a vida do velho Sinhô. Gostava de festas. Aniversários, batizados, casamentos... Festas de arromba. Muito leitão gordo era abatido. As mulheres da casa preparavam os quitutes, faziam o chouriço (um doce preparado de farinha com o sangue do porco, temperado com toucinho e outros temperos), uma das comidas mais gostosas do Nordeste. Havia danças também. O Diogo conheceu dias felizes quando Sinhô descobriu e começou a explorar os “Gerais”, estabelecendo roças no lugar “Caldeirões”. Os invernos eram bons, o rio botava água no inverno; na seca, no seu leito plantavam-se vazantes de alho, cebola e batata – produtos de mercado, de onde se apurava dinheiro na feira de Picos, aonde se ia também comprar as fazendas (tecidos), roupas, chinelos, sapatos, chapéus, e outras mercadorias. Cada viagem dessas a Picos, em lombo de animais, era uma odisséia. Contavam-se histórias fabulosas aos filhos, sobrinhos e netos.

Sinhô do Digo teve uma filha fora do casamento, de nome Anísia, conhecida como Anisinha, homenagem a Anísia Rosa de Moura, filha do casal. Havia, então, se tornado senhor do Diogo, literalmente, aonde chegara ainda rapazinho e se, casara com Rosa, uma das filhas de Quincas Chaves: O maior proprietário das terras, o maior lavrador e muito benquisto. Diferentemente dos demais proprietários locais, que reservavam as moças para os serviços de casa, ficando para os homens as tarefas pesadas da roça, ele colocou todas (eram seis) no eito.

Só no começo da vida Sinhô do Diogo não criou gado. Criava porco, cabras, ovelhas e outros bichos miúdos. Se muito, possuiu uma ou duas vacas leiteiras para o consumo da família. Gostava de caçar e sua casa era abastecida de carne de caitetu, tatu, onça, tamanduá e outros animais da floresta dos arredores ou mais distantes. Era assim o Diogo de Sinhô e de Miguel Guarani.

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Ninguém sabia porque Miguel Guarani, nascido no “Diogo”, onde moravam seus pais e seus irmãos, fora morar, depois do casamento, numa casinha que construiu no lugar “Curral Novo”, perto do povoado Jenipapeiro. Casinha de taipa e telhas, de uma única porta no único quarto. O resto era um alpendre que servia de sala, copa, e, talvez de mais outras funções. A cozinha, um alpendre menor, dava para o cercado ao lado. Situada entre catingas-de-porco, velames, cipós, mofumbos, urtigas, croás, macambiras, xiquexiques e “favelas”, a maioria dessa flora era de arbustos muito espinhentos. Ali a família morou por cerca de 5 anos e, a partir daí, Mestre Miguel torna-se uma espécie de andarilho, gostava muito de mudar-se. Ou a isto se via obrigado.
Quando casou Josefa Maria de Sousa (Zefa de Chico Ana), de família pobre mas tradicional na região, era órfã de pai e mãe e possuidora daquele pedaço de terreno estéril à beira dum riacho também seco na seca, e somente no inverno, quando chovia muito, via água. Era bonito para os olhos dos meninos, pois feito de pedras de altitudes diferentes por onde as águas desciam em cachoeiras. O leitor “não se vexe não” como diz o baiano. Água era só por um ou dois dias no ano. Os imbus, que dão nas primeiras chuvas, normalmente em janeiro, eram uma festa para o estômago da garotada. Depois sobrevinha a terrível estação das secas, permanecendo verdes apenas os juazeiros da beira do rio e alguns paus-ferros para comida das cabras. Além do terreno onde Miguel levantou a casa acima, havia uma roça no baixão, também pequena, de produção limitada de milho, feijão, abóbora e melancia. Acabado o inverno, acabava a fartura. Quem plantava na “Serra”, teria a mandioca para fazer farinha e tapioca, para comer e vender para comprar roupas e chinelos, sapatos e redes, e outros pertences como pente, sabão, querosene para a lamparina, e acho que só.

Para suprir as necessidades da seca, Miguel trabalhava nas “desmanchas” (farinhadas) como forneiro. Era sua especialidade torrar a massa de mandioca no forno para transformar-se em farinha. Era o trabalho mais leve, que merece uma certa “ciência”, cousas que bem se adaptavam ao perfil de trabalhador que tinha. Passava nesse trabalho dois/três meses, quando não pisava em casa, não obstante os reclamos de D. Zefa de Chico Ana, ou, para outros, Zefa de Miguel. Depois, era mesmo apelar para o trabalho de escola, na casa dos fazendeiros.

Conforme depoimentos da própria Josefa Maria de Sousa, que fazia nas suas conversas uma separação entre os seus parentes (irmãos, cunhados, primos) e os de Miguel de Sinhô, seu povo não consentia no casamento dela – a mais nova da família – se Miguel não resolvesse a morar perto deles. E foi o que aconteceu.

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Cedo Miguel toma outro rumo na sua vida de trabalhador braçal, torna-se mestre-escola, em virtude de sua inteligência reconhecida pelo pai e pelos irmãos, pelos parentes e conhecidos do Diogo. Então é preciso, desde logo, registrar sua vida de mestre, a profissão que, bem ou mal, lhe deu o sustento e à família.

Cantorias, só a partir do princípio dos anos 1940 – não é possível precisar bem o ano – ele realizava-as esporadicamente, quando aparecia um parceiro em sua casa. Nunca saiu de viola em punho, em busca de cantoria. Saía, sim, em busca de alunos – pequenos e grandes – para alfabetizar e ensinar os primeiros rudimentos da aritmética. Conhecia as lições de Antônio Trajando do princípio ao fim, ou seja, a Aritmética Elementar. Com o passar dos anos, Miguel Guarani foi-se aperfeiçoando, quer por conta própria, quer procurando pessoas mais experientes, e já na idade madura destrinchava também a Aritmética Progressiva, passo mais avançado do Prof. Antônio Trajano.

Anos e anos lecionou em casas e fazendas, aonde era chamado, em toda a redondeza de Picos (de Itainópolis a Alagoinhas, de Jenipapeiro às Guaribas e até muito pra lá, no sertão de serras planas já limítrofes com Valença e Pimenteiras). Só em 1941 passou a lecionar por conta da Prefeitura Municipal de Picos, recebendo salário. Mas, como não possuía os documentos de reservista (do Exército), fazia esse trabalho em nome de sua irmã, Adélia Rosa de Moura, legalmente a professora. Ele nunca se incomodou com essas bobagens da burocracia, vindo a pagar caro por isto no futuro.

Uma reviravolta na política do Estado, porém, colocou-o fora do quadro de professores municipais da Prefeitura de Picos, já à época, no povoado Santo Antônio, ribeira do Riachão – e teve que se ajeitar com uma escolinha particular. O resultado é que a escolinha cresceu contando com a boa amizade dos proprietários e comerciantes mais influentes dali, que lhe mandaram seus filhos e filhas para melhorar a bolsa do mestre-escola.

Mais tarde, quando precisou aposentar-se, encontrou todas as portas da lei fechadas. A reviravolta política que lhe ocasionou a demissão foi a eleição e posse do Governador Rocha Furtado. Pelo Estatuto do Funcionário Público da época, faltavam-lhe apenas 6 meses para ter direito à merecida efetivação no cargo. Nunca conseguiu aposentadoria. Ainda tentou, pelo que se sabe, pela Previdência Social, mas foi barrado. Não tinha condições de provar o seu tempo de serviço, a maior parte dele prestado em nome de sua irmã Adélia, acima mencionada.

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Aqui se faz mister pequena pausa para um registro da imprensa, se bem que muito posteriormente. Sobre o governo de Rocha Furtado, em “Trechos do Meu Caminho”, Teresina, 1976, livro de memórias do ex-governador Leônidas Melo, estão registrados esses dois parágrafos, que foram transcritos no jornal “Diário do Povo”, de 16 de fevereiro de 1991, pág. 4:

“O Governo udenista (1947-1951) iniciou-se sob maus auspícios, praticando atos de prepotência e perseguição partidária que atingiram, sobretudo o funcionalismo público. Preterição de direitos; demissões injustas; transferências desnecessárias; atraso de pagamento tornaram-se normas seguidas.

O Ensino e a Receita do Estado foram consideravelmente prejudicados com as repetidas transferências de professores e coletores.”

Historiador da Associação dos Professores do Estado do Piauí, no livro “APEP, Organização, Lutas e Conquistas”, ao tratar do governo de Rocha Furtado (1947-1951) diz José Olímpio Leite de Castro que ele deixou profundas feridas no seio do magistério e, a título de ilustração, transcreve alguns depoimentos, entre os quais o que Francisco Miguel de Moura lhe prestou:
“Quando houve aquela mudança na política piauiense, Rocha Furtado pela UDN sobe ao poder. Papai contava com 9 anos e 6 meses de magistério público. Faltavam apenas 6 meses para efetivar-se, segundo a Constituição do Estado. E foi aquela expectativa. É claro que meu pai não se rendeu à política, não era do seu feitio. Nunca pensou em recorrer a um político do lado de Rocha Furtado (UDN), para pedir proteção. Não. Pertencente, pelo lado materno, à família Santos (primo legítimo do coronel Francisco Santos, de Picos), tendo sido toda a vida acompanhante de seu partido, não iria agora procurar quem não conhecia e naturalmente o odiava por pertencer ao outro lado, o PSD. Pois bem, papai ficou desempregado. E sem condição de adquirir seu emprego. Ficou lecionando a particulares. Felizmente as pessoas do lugar deram-lhe apoio. Durante um ano não foi nomeado nenhum professor, no povoado Santo Antônio, fazenda Rodeador. Aí prova a maldade dos que agiram na proposta de sua demissão do cargo de professor.

Também Miguel nunca mais recuperou o seu cargo, mesmo no governo seguinte, do pessedista Pedro de Almendra Freitas (1951-1955) e por isto nunca se aposentou. Apesar dos esforços do Cel. Francisco Santos, não voltou a ser professor pago pelos cofres públicos, pois continuava sem o poder municipal. E a subida de um Governador do PSD não alterou sua posição diante dos políticos do município de Picos.

Mas muitas pessoas lhe deram apoio para continuar vivendo com sua escolinha particular. Eram os homens mais importantes da terra, todos alinhados com o PSD: Arlindo Cipriano, Manoel Sinhô, Antônio, Licínio e Gabriel Lima (os três Limas), Antônio Joaquim, os irmãos Batistas (Justino e outros), Joaquim Bineta, seu André, Manoel Carlos, entre outros, a maioria moradores do povoado Santo Antônio (fazenda Rodeador), ou muito próximo.

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Da meia idade em diante, Miguel sempre trabalhou por conta própria, particular, para sustentar a família composta de mulher – Josefa Maria de Sousa – e os seguintes filhos grandes: Francisco Miguel de Moura, Teresinha de Jesus Moura, Maria Josefa de Sousa e Helena Josefa de Sousa, lecionando ora nos povoados Santo Antônio de Lisboa e Francisco Santos, ora em outros quando era convidado. E mais comumente em casas de fazendeiros dessa região e de outras que fazem o entorno de Picos, Piauí: Aroeiras do Itaim, Itainópolis, Carnaíbas, Angico Branco; Riachão, São Julião, Alagoinhas, Fronteiras e Pio Nono; Bocaina, São Luís do Guaribas, Varjota, Sussuapara e outros. Quando morava no lugar Angico Branco (dos Macedos), apareceu-lhe, um dia, em sua residência, o poeta popular, improvisador, cantador, violeiro de nome Campo Verde. E foi uma nova descoberta na vida de Miguel, que sempre gostou de aventuras. O moreno Campo Verde, cearense, tornou-se seu professor de viola e repente, e dentro poucas semanas Miguel o enfrentava em duelo de gigante. Cantando durante as noites, primeiramente com seu mestre, depois com outros, mas sem sair de sua casa (som aceitava cantoria com quem lhe vinha procurar), assim Miguel adicionou outra fonte de renda, unindo o útil com o agradável – pois gostava muito do que fazia, tanto de lecionar, quanto de fazer repentes, ao som da viola.
Miguel Guarani (Miguel Borges de Moura) tornou-se famoso, em toda a região, por sua sabedoria, dedicação, lealdade aos amigos, honradez e independência de governos, embora votasse sempre a favor do amigo e parente Cel. Francisco Santos.
Para ter-se uma idéia aproximada de quanto era conhecido, amado e respeitado, é bastante saber que, falecido em 7 de agosto de 1971, o jornal “O Dia”, Teresina, 22 de agosto de 1971, estampou a seguinte nota:
“Faleceu no dia 7 do corrente, em sua residência na cidade piauiense de Santo Antônio de Lisboa, o conhecido Mestre Miguel Borges de Moura, conhecido também por Miguel Guarani. Era natural de Francisco Santos e morreu vitimado por um ataque de trombose. Pai do companheiro Francisco Miguel de Moura, colaborador desta página, o Prof. Miguel dedicou toda a sua vida à causa do ensino primário, lecionando pelo interior e cidades de Picos, Itainópolis, São Luís do Piauí, Bocaina, Santo Antônio de Lisboa, Francisco Santos, Mons. Hipólito, São Julião, etc. Ultimamente era professor particular, com auxílio da Prefeitura de Santo Antônio de Lisboa. Foi também inspetor de escolas primárias naquelas regiões e, ao falecer, fazia o Censo Agrícola, em que vinha trabalhando desde 1940. Viúvo (era casado com D. Josefa Maria de Sousa), deixou três filhos Vivos: Francisco Miguel de Moura, bancário, universitário de Filosofia, poeta e crítico literário dos melhores de nossa terra; Professora primária Maria Josefa de Sousa, em Francisco Santos, e Helena Josefa de Sousa, diretora do Ginásio de Santo Antônio de Lisboa. Além dos três vivos, registre-se outra filha – Teresinha de Jesus Moura, também professora em Francisco Santos Piauí – que falecera em 1969, em Picos, vítima de uma cirurgia vesicular (colecistectomia).
Seu sepultamento em Francisco Santos foi o mais concorrido de quantos já houve naquela cidade interiorana, tendo acompanhado o féretro, entrando no cemitério cerca de 1.000 pessoas. O velo Prof. Miguel, que era também poeta-improvisador, tinha uma grande multidão de amigos e alunos, e deixou, com seu desaparecimento, um grande vácuo no setor educacional da juventude daquela região. A Prefeitura de Francisco Santos, num preito de justa e reconhecida homenagem aos trabalhos do morto, cedeu à família deste a cova onde dorme o derradeiro sono o velho e querido Mestre”.

Biografia do Autor: Francisco Miguel de Moura

Nasceu em Francisco Santos - PI, (outrora “Jenipapeiro”, município de Picos, sertão do Piauí), aos 16 de junho de 1933. Estudos primários com seu pai; ginasial e contabilidade, em Picos, onde contraiu matrimônio com D. Maria Mécia Morais Moura. Naquela cidade nasceram os 2 primeiros filhos: Franklin e Fulton; os outros, Laudemiro e Francisco Jr. nasceram na Bahia e Fritz e Mécia, em Teresina. Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.

Também foi radialista e professor de língua portuguesa e literatura, atividades que não mais exerce.

Hoje se dedica exclusivamente a ler, escrever, publicar seus livros e brincar com os netos, que ao todo são dez, na cidade que elegeu para sempre: Teresina, Piauí, Brasil.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Poetas e Escritores de Francisco Santos - PI

2º Homenageado

Francisco Miguel de Moura


OS MORTOS NÃO DEVEM MORRER

Acabo de chegar de minha terra, de uma viagem “em busca do tempo perdido”, das coisas perdidas, para reanimar as lembranças e as saudades. Acompanhou-me um filho com sua máquina de fazer retrato e cinema, ou seja, de fotografar e filmar, das mais moderninhas, o que não vem ao caso. Não viria se ele não houvesse registrado, entre outras coisas, o abandono em que está o “cemitério velho” de Francisco Santos (os mais antigos, leiam fazenda Jenipapeiro), no lugarzinho denominado Curral Novo, onde começou a história daquele burgo. Quando? Lá pelo meado dos oitocentos, pelos registros que temos hoje, quando duas famílias (Rodrigues e Sousa) aportaram por lá, vindas das Bahia, acompanhadas de mais duas ou três pessoas de raça negra, ou já mescladas com índios e portugueses. Falamos assim, colocando a imaginação para trabalhar, pois temos histórias da seca dos dois 7 (1877), contadas por Mãe Ana, uma de minhas avós. Tanto isto é verdade que no Cemitério abandonado de Francisco Santos há uma lápide já quebrada, rolando por entres as covas e catacumbas, com inscrição de pessoas sepultadas pelo meado do século XIX – dedicada ao major Rodrigues. Expliquei a meu filho que talvez não se tratasse de um militar, mas de um chefe de família do Império que, por seus méritos de patriarca, teria ganhado a patente, como era comum naquele tempo.

O errado é que o cemitério velho está ao deusdará, paredes caídas, animais pisoteando os túmulos, a erva crescendo à solta, comprometendo qualquer visita por mais ousada como a nossa, quando arranjamos vários arranhões nas pernas e nos braços por “juremas” e “unhas-de-gato” e o corpo todo ficou “encalombado”, com o cansanção e outras ervas e arbustos espinhentos.

Acima do único portão existente colocaram a data 1900 – ano da construção do anexo, que por sua vez, encheu-se de covas e depois de mato e abandono, como o primitivo. Ninguém vai mais visitar o túmulo dos entes queridos, por falta de condição mínima. A entrada escancarada (por falta da parede que caiu), o portão sem tranca ou aberto. E não se trata de um prédio tão grande, mesmo considerando o conjunto – o próprio cemitério e seu anexo – que não possa ser conservado por uma Prefeitura de pequeno porte como a de Francisco Santos – PI.

Minha indignação foi grande ao ver aquilo. Começa aqui a denúncia, mas vou fazer ofícios, ao Prefeito, primeiramente, e ao Conselho Estadual de Cultura (ou IPHAN), afim de que algo seja feito para a preservação do patrimônio público. Trata-se do prédio público mais antigo de Francisco Santos – Piauí, pois a Igreja foi construída somente em 1918. Depois, é a memória dos que chegaram ali e construíram aquela comunidade. Franklin, meu filho – que bancava de fotógrafo na ocasião, justo quando eu prometi que iria fazer um soneto eternizando os mortos dali – saiu-se com uma frase que considero lapidar:

– Os cemitérios são a memória viva dos mortos.

Talvez esta frase pudesse ser gravada em letras grandes, no pórtico do cemitério de Francisco Santos, caso o povo venha a levantar-se (os vivos) e as autoridades passem a escutá-lo, para o bem da história, da verdade e da vida (dos vivos e dos mortos).

Poesia Inédita de Chico Miguel

DILEMA

Um sentimento estranho me desperta,
agora, que partiste pra tão longe,
e eu cá, neste mosteiro, feito um monge
que se queria um sábio e não poeta...

Mais não tive que um sonho de profeta,
mesmo assim não previ que ias mais longe,
a fingir-te de amada... E, eu, de monge,
sem conseguir sonhar com a alma aberta.

Assim, fingindo amor a vida inteira,
amor que começou por brincadeira
e agora quer sumir tão de repente...

Não sei se vou ficar no meu avesso,
mentindo que te quero, no regresso,
ou se morro de dor completamente.

Teresina, Nov/2009



BREVE BIOGRAFIA DE FRANCISCO MIGUEL DE MOURA

Nasceu em Francisco Santos (outrora “Jenipapeiro”, município de Picos, sertão do Piauí), aos 16 de junho de 1933. Era filho de Miguel Borges de Moura e Josefa Maria de Sousa, e era irmão de Teresinha de Jesus Moura, Maria Josefa de Sousa e Helena Josefa de Sousa. Estudos primários com seu pai; ginasial e contabilidade, em Picos, onde contraiu matrimônio com D. Maria Mécia Morais Moura. Naquela cidade nasceram os 2 primeiros filhos: Franklin e Fulton; os outros, Laudemiro e Francisco Jr. nasceram na Bahia e Fritz e Mécia, em Teresina. Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.

Também foi radialista e professor de língua portuguesa e literatura, atividades que não mais exerce.

Hoje se dedica exclusivamente a ler, escrever, publicar seus livros e brincar com os netos, que ao todo são dez, na cidade que elegeu para sempre: Teresina, Piauí, Brasil.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jogos das Quartas de Finais da Copa Piauiense.

Seleção de Francisco Santos - PI, joga num triangular, nas quarta de finais.


Jogos das quartas de finais

28/11 - Picos X São João do Piauí
São João do Piauí X Picos

28/11 - Monte Alegre X Uruçuí
Uruçuí x Monte Alegre

28/11 - Parnaíba X Pedro II
Pedro II X Parnaíba

29/11 - Lagoa do Piauí X Francisco Santos
Francisco Santos x Demerval Lobão
Demerval Lobão X Lagoa do Piauí

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Veja fotos e o video dos gols do jogo da Seleção de Fco. Santos contra a seleção de Pimenteiras.

Francisco Santos vence e avança para as quartas de finais da Copa Piauinse de Futebol Amador. A nossa seleção, venceu neste domingo a seleção de Pimenteiras no segundo jogo entre ambas, pelo placar de 2x1 com gols de Waguim e Marielson. Como Francisco Santos venceu os 2 jogos pelos placares de 4x2 e 2x1, a nossa seleção se classificou para a proxima fase da competição.




Veja os gols da partida.



Resultados dos outros jogos.

MONTE ALEGRE 3 X 2 COLÔNIA DO GURGUÉIA
PEDRO II 4 X 1 ASSUNÇÃO
OEIRAS 1 X 1 PICOS
PARNAÍBA 2 X 1 LUZILÂNDIA
URUÇUÍ 3 X 0 ITAUEIRA
SÃO JOÃO DO PIAUÍ 5 X 2 CONCEIÇÃO DO CANINDÉ
PIMENTEIRAS 1 X 2 FRANCISCO SANTOS
JOSÉ DE FREITAS 2 X 2 DEMERVAL LOBÃO
LAGOA DO PIAUÍ 0 X 1 SANTA CRUZ DO PIAUÍ

As equipes em negrito estão classificadas para a fase de quartas de final

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Copa Piauiense.Seleção de Francisco Santos faz o segundo jogo com a seleção de Pimenteiras.


Jogos de volta das oitavas

DATA HORA GRUPO CONFRONTOS
21/11 15:15h 19 MONTE ALEGRE X COLÔNIA DO GURGUÉIA
21/11 15:15h 22 PEDRO II X ASSUNÇÃO
21/11 15:15h 26 OEIRAS X PICOS
21/11 15:15h 21 PARNAÍBA X LUZILÂNDIA
21/11 15:15h 20 URUÇUÍ X ITAUEIRA
22/11 15:15h 23 SÃO JOÃO DO PIAUÍ X CONCEIÇÃO DO CANINDÉ
22/11 15:15h 25 PIMENTEIRAS X FRANCISCO SANTOS
22/11 15:15h 24 JOSÉ DE FREITAS X DEMERVAL LOBÃO
22/11 15:15h 27 LAGOA DO PIAUÍ X SANTA CRUZ DO PIAUÍ

Resultados do 1º Jogo

DATA HORA GRUPO CONFRONTOS
14/11 15:30h 19 COLÔNIA DO GURGUÉIA 1 X 2 MONTE ALEGRE
14/11 15:30h 22 ASSUNÇÃO 1 X 3 PEDRO II
14/11 15:30h 23 CONCEIÇÃO DO CANINDÉ 4 X 3 SÃO JOÃO DO PIAUÍ
14/11 15:30h 25 FRANCISCO SANTOS 4 X 2 PIMENTEIRAS
15/11 15:30h 20 ITAUEIRA 2 X 1 URUÇUÍ
15/11 18:00h 26 PICOS 4 X 0 OEIRAS
15/11 15:30h 21 LUZILÂNDIA 1 X 1 PARNAÍBA
15/11 09:00h 24 DEMERVAL LOBÃO 2 X 1 JOSÉ DE FREITAS jogo da TV
15/11 15:30h 27 SANTA CRUZ DO PIAUÍ 0 X 2 LAGOA DO PIAUÍ

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ismael, um guerreiro que se foi muito cedo.

Ismael foi uma pessoa muito guerreira que não está mais entre nós fisicamente, mais ele está em nossos corações, em nossas lembranças, em nossas vidas, pois em todos os momentos ele estava presente. Este guerreiro, sem duvidas nos ensinou muito e nois deixou um grande exemplo de perseverança e de fé, nos deixou a alegria de termos convivido com uma pessoa tão especial como ele e nos deixou tambem a saudade imensa de não o termos mais conosco! Mesmo, com todas as dificuldades que ele passava ele se mantinha fiel a sua alegria e a sua presença, nas festas dos amigos nas farras nas rodas de amigos na sua velha moto, ou seja, um eterno amante da vida!
Ismael faria agora no dia 17/11/2009, 23 anos, muito jovem quase um menino mas com espirito de gente grande, uma pessoa que valorizou cada segundo que lhe foi dado, em cada instante, ele soube aproveitar da maneira mais intensa possivel!
"ISMAEL NÓS TE AMAMOS"
VOCÊ SEMPRE ESTARÁ CONOSCO, VOCÊ SEMPRE SERÁ NOSSO AMIGÃO DE TODAS AS HORAS.