Bem Vindo ao Blog de Fco. Santos - PI

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DÔE PARA O BLOG DE FRANCISCO SANTOS - PI

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vídeo e Fotos da Casa Velha dos Macacos em Francisco Santos

Video gravado no sitio que pertencia a Manoel Francisco Rodrigues e teria sido contruída em 1911 segundo inscrições feitas na parede. A casa hoje que é abandonada é chamada de "CASA GRANDE" OU "CASA VELHA". É local onde muitas pessoas fazem passeios e vão conhecer a casa e sentir de perto o ar de misterio da casa. Hoje a casa se encontra em mal estado de conservação, se as data tiver correta ela fará este ano 100 anos e só não caiu por quê as paredes são muito grossa. Deveria ter por parte do poder público, um maior cuidado com a nossa hitoria preservando o nosso patrimônio pois é a historia da nossa cidade, onde esta casa poderia ser um museu para receber visitantes interessados pela coisas da cidade.




FOTOS DA CASA VELHA







segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Escritor João Bosco já começou a postar o Livro ' O SANTO PÁROCO" em seu blog.

A cada sábado, será postado capítulos do romance O SANTO PÁROCO. E já foram postadas as palavras iniciais do livro.
O endéreço é: www.joaoboscodasilva.blogspot.com
O escritor João Bosco da Silva convida a leitura de mais um de seus livros, para deleite dos leitores amantes da boa leitura.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Texto do nosso conterrâneo José Carmo Filho.

NÃO JULGUEIS…

Muito importante e digna de elogio a iniciativa de lançar-se um blog da cidade de Francisco Santos-Pi. Por seu intermédio, muitas informações e notícias ficam ao alcance de muitos moradores, como também de conterrâneos que residem em outras localidades. Os benefícios são evidentes e os mais diversos. O seu responsável, Sr. Antônio José, é merecedor, portanto, do reconhecimento e da ajuda dos seus participantes, inclusive financeiramente.

Louvável também a postagem de crônicas, poesias, artigos e outras matérias de interesse geral ainda que alguns possam despertar polêmicas acaloradas, que não devem extrapolar o bom senso e sem ofensas pessoais. Contudo, não foi exatamente isto que se verificou recentemente, diante da abordagem de questão sensível, com grandes probabilidades, por conseguinte, de desdobramentos no campo emocional. No caso em apreço faltou, salvo melhor juízo, a autocrítica por parte de algumas pessoas, deixando-se por isto mesmo resvalar para a indelicadeza e julgamentos apressados (no sentido de apreciação, de exame). De positivo, no entanto, restou o aprendizado, que nos ajudará, de futuro, a melhor nos posicionar em circunstâncias semelhantes.

O prejuízo decorrente do mencionado incidente atinge à comunidade franciscosantense, com prováveis reflexos negativos para o bom desempenho do blog, porquanto muitos poderão sentir-se desestimulados a colaborar com sua inteligência e criatividade. Certamente a boa vontade e o exame de consciência de parte a parte mitigariam tais danos.

Uma indagação vem à tona. Porque aquela matéria, que gerou tanto debate, despertou tamanho interesse, enquanto as duas crônicas de Isis Celiane (Um Palhaço no Parlamento e o Natal Que Não Percebemos), também postados há pouco tempo no citado blog, praticamente foram ignoradas, no que se refere aos comentários? Os assuntos nelas tratados tinham relevância, abrangência e significação, tanto ou mais do que a mal compreendida crônica, sutilmente aqui mencionada. Não é minha pretensão, todavia discutir neste singelo escrito as possíveis causas do problema em foco, até porque o seu deslinde depende de conhecimento especializado, que não tenho.

Nos Três casos, os temas sob comento são diferentes, mas se reportam a algo em comum - e não precisa ser especialista para a constatação: as imperfeições humanas sejam elas no campo político, social ou religioso. A questão vista por este ângulo viabiliza pelo menos o descortino de caminhos, na medida de que cada um possa colaborar, de forma construtiva, para que a razão prevaleça, com aproveitamento e vantagens diversas para todos. A discussão, a crítica, o julgamento fazem parte da convivência democrática, mas devem ser limitados pelos valores mais nobres já alcançados pela civilização como a dignidade, a honradez e o respeito ao direito do outro. Poder-se-ia adotar simplesmente, em situações como a que se discute aqui, a velha e sempre atual máxima: não faça ao outro aquilo que não quer (ou não é bom) para si.

Uma medida que poderia ser estudada pelo responsável pelo blog, objetivando a transparência e seriedade deste veículo seria talvez escoimá-lo de manifestações anônimas, se isto for tecnicamente possível, e de eventuais excessos que, porventura, venha a ocorrer futuramente.

A esta altura alguém pode ponderar: mas não se trata de mais um discurso de caráter moralista ou de cunho religioso? Pode até ser, e disto não me envergonharia, mas não é este o propósito. Lembram-se daquela surrada estória do passarinho que tentava apagar o fogo na floresta com gotículas de água que transportava no bico? Pois é, com esta manifestação estou apenas fazendo a minha parte, com a melhor das intenções.

Urge, pois, que cada participante do blog de Francisco Santos continue dando sua valiosa contribuição, valorizando este meio de comunicação – gratuito – sempre com o pensamento voltado para o bem comum.

José Carmo Filho - Brasília-DF

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Poema da Escritora e conterrânea Isis Celiane

QUANDO CHEGA A VELHICE (Isis Celiane)


Aquela voz que outrora gritava

e esbravejava por seus ideais,

agora enfraquecida quase não fala,

quando raramente não cala,

diz manso, diz baixinho.


O corpo sempre apoiado,

não arrisca um passo sem seu bastão.

Aquele bordão que lhe sustenta a matéria cansada,

servindo de apoio a velha mão calejada.

Marca que o trabalho lhe deixou de herança.


Mãos trêmulas tentando equilibrar o copo.

É difícil andar, falar e comer...

Viver é difícil quando se chega à velhice.

Na mente cansada, sinais de caduquice.

Permanecem intactas as boas memórias.


A vida se esgota!

Todos os sonhos estão esgotados,

encerrados nas conquistas e nas frustrações.

Exaurem-se os desejos e as ilusões.

O velho deseja apenas descansar.


Quando se chega à velhice

nada mais parece lhe pertencer.

É comum ouvir dizer: “no meu tempo...”

Como se o tempo da gente durasse apenas o instante

em que se é jovem.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Resenha feita pelo escritor João Bosco, sobre o livro de Paulo Freire, "PEDAGOGIA DA AUTONOMIA"

Paulo Freire, como todos sabemos, foi um dos maiores educadores brasileiros, conhecido e respeitado internacionalmnete, e sua obra é paradigma para a grande maioria dos professores deste país. Nada, pois, mais oportuno, neste início de ano escolar, que o professor faça uma releitura, através desta resenha, de uma das obras deste grande educador e pedagogo, intitulada PEDAGOGIA DA AUTONOMIA. Se algum deles não a conhece ainda, creio que não perde nada em ler minha resenha.

R E S E N H A

Por: João Bosco da Silva *

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: PAZ E TERRA, 2002.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, em Recife-PE., e faleceu no dia 2 de maio de 1997, em São Paulo, capital.

Como provocador cultural e pedagógico, tem uma postura crítico-libertadora do ensino, tendo como ponto de partida o Homem como sujeito da história. Defende que a construção de um mundo mais justo e melhor só se dá através de uma educação dialógica em que educador e educando se respeitem. É imbuído desse propósito que exercita toda sua ação pedagógica. É considerado um dos maiores educadores do século XX, não apenas no Brasil como no exterior.

Assume, desde cedo, atitudes filosóficas em moda como existencialismo e marxismo sem, no entanto, deixar-se enveredar pela exacerbação de seus pontos de vista, sempre buscando responder aos desafios da sociedade, principalmente na prática da alfabetização, numa postura ética coerente e de plena liberdade. Cassado pelo Regime Militar de 1964, amarga 16 anos de exílio, os quais aproveita em experiências educacionais pela América do Sul, América Central e América do Norte, Europa e África. Nessas perambulações, presta serviços no Chile; na Universidade de Harvard, EUA; em Genebra, na Suíça, dentre outros.

De sua profícua experiência, que se inicia na década de 1950, vão brotando livros e mais livros, quase que na produção de um por ano, todos voltados para a problemática da educação, dentre os quais podemos destacar: Alfabetização e conscientização; Educação e conscientização: extensionismo rural; Pedagogia da indignação; Professora sim, tia não; Pedagogia do oprimido etc.

Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa constitui-se de um prefácio de terceiro; de uma introdução do Autor – Primeiras palavras – em que anuncia a temática do livro; e de mais três capítulos, que são: Não há docência sem discência; Ensinar não é transferir conhecimentos; e Ensinar é uma especificidade humana. Cada capítulo é seqüenciado por nove subitens, que são os saberes que Freire julga necessários à boa prática educativa.

No primeiro capítulo – Não há docência sem discência – Paulo Freire anuncia que não pode haver professor sem aluno ou, por outra, que a existência de ambos é interdependente. Essa relação de interdependência não significa, entretanto, que este seja unicamente objeto enquanto aquele é apenas sujeito, uma vez que o ato de ensinar, segundo o Autor, contém, como resultante, a aquisição de novos conhecimentos por parte do aluno, pois que este, ao tempo em que aprende, também ensina o professor a aprender, numa espécie de troca recíproca. Dessa forma, percebe-se que o educando leva para a sala de aula valores culturais antes abeberados no ambiente familiar, na comunidade, na igreja etc. São valores que o educador não pode nem deve ignorar, uma vez que eles são importantes no processo de formação e construção que se inicia com a transferência de conteúdos novos que o aluno vai internalizando e processando até tornar-se um conhecimento novo das coisas recebidas e inteligidas nessa espécie de escambo entre os sujeitos do processo ensino/aprendizagem.

Afirma Paulo Freire que o ato de ensinar exige certos saberes, quais sejam: rigorosidade metódica; pesquisa; respeito aos saberes dos educandos; criticidade; estética e ética; corporeificação das palavras pelo exemplo; risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação; reflexão crítica sobre a prática; e reconhecimento e assunção da identidade cultural.

Nessa seqüência lógica, Freire enfatiza o valor de cada um desses saberes como, por exemplo, ao discutir a rigorosidade metódica. “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis.” (p. 28) E assim prossegue o Autor, passo a passo, a discorrer sobre cada saber, até atingir o último – Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural – em que ensina: “Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar.” (p.46)

O segundo capítulo é: Ensinar não é transferir conhecimento. Aqui, Freire explica que o educador deve ter uma perspectiva progressista em sua formação e que dentro dessa perspectiva ele vai descobrir “...que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção.” (p. 52) Segundo o Autor, a prática deve se sobrepor à teoria com uma atitude concreta centrada no exemplo, envolvendo-se nela para que, juntos, docente e discentes, elaborem métodos capazes de fazer a construção desse conhecimento – ou reconhecimento. “É preciso insistir: este saber necessário ao professor (...) não apenas precisa ser aprendido por ele e por seus educandos nas suas razões de ser – ontológica, política, ética, epistemológica, pedagógica – mas também precisa de ser constantemente testemunhado e vivido.” (p. 52) Infere-se disso que não apenas o educador como também o educando deve(m) ter essa consciência. Isso tem o sentido de que ele, o educando, também cumpra sua parte, aceitando ou rejeitando aquilo que lhe foi dado conhecer, fazendo assim sua crítica e assumindo seu posicionamento.

O Autor, ao fazer essas considerações, igualmente alinha nove saberes necessários ao educador para o alcance desta meta: a produção ou a construção do conhecimento por parte dos alunos, a partir dos conteúdos recebidos. Assim é que nos fala que ensinar exige do educador a consciência do inacabamento – do seu próprio, dos educandos e do próprio ser humano. “Na verdade, o inacabamento do ser ou sua inconclusão é próprio da experiência vital. Onde há vida, há inacabamento.” (p. 55) O passo seguinte é o que exige do professor o reconhecimento de ser condicionado, mas fazendo a observação de que existe uma enorme diferença entre o ser condicionado e o ser determinado, diferença que se pauta, segundo Freire, pura e simplesmente no problema da consciência que tem de si mesmo: se ele sabe que é inacabado, pode ir muito além e romper esse condicionamento. Se, entretanto, ele não tem essa consciência, fica feito peru, preso em seu círculo de giz. Respeitar a autonomia do educando é o terceiro saber que o Autor alinha. Um respeito que se faz necessário à criança, ao jovem e ao adulto. Pois agir de forma diferente é agredir a ética. “O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem (...) a sua sintaxe e a sua prosódia; (...) que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que “ele se ponha no seu lugar”, (...) transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência.” (p. 66) Ainda na seqüência dos saberes, ordenam-se como necessários: humildade; tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores; a apreensão da realidade; alegria e esperança; convicção de que a mudança é possível e, por fim, a curiosidade. São todos saberes que o educador deve perseguir na sua experiência formadora. Vejamos como se posiciona o Autor sobre a curiosidade, o último saber elencado: “Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, nãoaprendo nem ensino.” (p. 95)

O terceiro capítulo atesta: Ensinar é uma especificidade humana. Se ensinar, conforme declara Freire, é uma propriedade do ser humano, este, ao exercitá-la, deve estar suficientemente imbuído dos saberes essenciais para o exercício de tão difícil e nobilitante tarefa, quais sejam: autoridade, confiança em si mesmo, segurança e certeza de sua legitimidade. Isso evita, segundo o douto escriba, que o educador autoritário, incompetente ou auto-suficiente fique a clamar, a toda hora, o velho bordão: “Sabe com quem está falando?” (p. 102)

Nove saberes também são exigidos aqui, sendo o primeiro: segurança, competência profissional e generosidade. Conforme explicita o Autor, o aluno não pensaria bem de um professor que não tem segurança quanto aos conteúdos que transmite, ou que revela incapacidade profissional. Ou daquele que, arrogante, nega-se à concessão de qualquer atitude generosa, julgando o discente com exagerada severidade. Neste capítulo, Paulo Freire também adverte sobre os riscos a que estão sujeitos os educadores que, por exemplo, demitindo-se do exercício de sua autoridade, ou exacerbando-se no uso dela, deixam-se cair na tibieza da licenciosidade ou no deplorável autoritarismo, extremos que devem ser evitados a qualquer custo. Chama ainda a atenção do educador para a consciência que deve ter do seu comprometimento. Ele não pode, simplesmente, ficar neutro, não se envolver, não se expor, tampouco deixar de se colocar à avaliação de seus alunos. Esse comprometimento, por sua vez, exige atitudes coerentes entre aquilo que diz e o que faz, o que teoriza e o que realmente pratica. Essa forma de saber leva-o diretamente a outro, que é o compreender a educação como uma intervenção no mundo. Essa forma de intervenção “... implica tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante quanto o seu desmascaramento.” (p. 110) Negando à educação e, consequentemente, ao educador a posição de neutralidade, Freire advoga uma educação dialética que não seja “Nem apenas reprodutora nem apenas desmascaradora da ideologia dominante.” (p. 112) Segundo ele, deve ser a educação uma intervenção no mundo, para, de um lado, tentar modificar a ideologia dominante e, por isso mesmo, imobilizante, e, de outro, não ignorar a realidade dentro de uma visão dialética concretizadora, não obstante os inúmeros obstáculos e as duras lutas para superá-los. Não pode a educação ficar refém de interesses dominantes, a valores de mercado, esquecendo-se dos superiores interesses humanos. “(...) é uma imoralidade, para mim, que se sobreponha, como se vem fazendo, aos interesses radicalmente humanos, os do mercado.” (p. 112) Freire também repudia com veemência o fatalismo dos que apregoam que nada se pode fazer porque isto é assim mesmo, que já está determinado. Essa, testifica ele, é a ideologia neo-liberal, que declara, com todas as letras: “O desemprego do mundo é uma fatalidade do fim deste século.” (p. 114)

Outro saber que Paulo Freire expressa como necessário à boa prática educativa é que o ato de ensinar exige que o educador tenha liberdade e autoridade. “Quanto mais criticamente a liberdade assuma o limite necessário, tanto mais autoridade ela tem, eticamente falando, para continuar lutando em seu nome. (...) A liberdade amadurece no confronto com outras liberdades, na defesa de seus direitos em face a autoridade dos pais, do professor, do Estado.” (ps. 118/9) Ensinar também exige tomada consciente de decisões. Nesse aspecto, Freire volta a bater nas teclas da especificidade humana, da intervenção no mundo, da neutralidade, da politicidade, do inacabamento humano, tudo para, no final, afirmar que o educando jamais será autônomo, mas objeto apassivado ante a escolha vertical dos conteúdos sobre os quais ele não tem vez nem voz para se pronunciar. Saber escutar é outra prática muito salutar, da qual não deve o educador se distanciar. “Somente quem escuta paciente e criticamente o outro, fala com ele.” (p. 127) O oitavo saber vai na mesma direção que o anterior: ensinar exige disponibilidade para o diálogo. “Testemunhar a abertura aos outros, e disponibilidade curiosa à vida, a seus desafios, são saberes necessários à prática educativa.” (p. 153) E, finalmente, vem o saber maior, auto-explicativo, que reza que ensinar exige querer bem aos educandos.

Pedagogia da autonomia é um livro que se pode definir como um método, ou mais do que isso, toda uma epistemologia do conhecimento. Nesta carta epistemológica do saber, Paulo Freire propõe a transformação de todo o panorama da educação brasileira. Nela, apontam-se saberes, caminhos às vezes difíceis de trilhar, que levariam não apenas o educando, não somente o educador, mas, de juntada, toda a sociedade brasileira às transformações estruturais tão necessárias ao estamento do sistema educacional brasileiro. Educação aqui entendida como um processo integral em que todos os segmentos da sociedade estivessem envolvidos porque, como defende o próprio Autor, ela mediatizaria a produção e a construção do conhecimento humano de forma coletiva e solidária.

Neste livro, pequeno em volume mas enorme naquilo que propõe, Paulo Freire não apenas aponta caminhos para uma educação de qualidade em termos de conteúdo e aprendizagem. Ele, também, protesta veementemente contra as peias da ideologia dominante, que imobiliza e exclui milhões de seres humanos, nos campos e nas periferias das pequenas, médias e grandes cidades, dos bens que a sociedade produz - educação, moradia, bem-estar social, saúde, segurança etc – reduzindo-os a simples números estatísticos. Grita essa advertência aos educadores, para que não se deixem amordaçar, tampouco assumam a posição de neutralidade, de indiferença e de fatalismo. Pois é isso que os espoliadores desejam: calar a boca da classe pensante para que eles, assim, possam, de um lado, melhor contabilizar os lucros em favor de uma elite sanguessuga e, de outro, socializar os prejuízos de sua política neo-liberal, em detrimento dos menos favorecidos.

Este foi o nosso primeiro diálogo com Paulo Freire. Antes, nós tínhamos apenas referências de segunda-mão que o davam como grande pedagogo, genial, inovador, ativista social, comunista e outros qualificativos. Essa adjetivação agora, perde, para nós, todo o sentido ou, melhor dizendo, ganha novo sentido porque passamos a vê-lo substantivado em sua verdadeira dimensão. Em vez de adjetivos grandiloqüentes com que se procura avultá-lo, melhor seria desvesti-lo dessa roupagem encomiária e tentar, cada um de nós e a sociedade no seu todo, pôr em prática os ensinamentos que tão bem teoriza e que, infelizmente, por razões políticas, ideológicas ou outras, não são postos em prática, salvo as tentativas dele próprio e de outros poucos idealistas seus iguais, insuficientes para mudar o status quo da educação e, numa visão macro, a própria sociedade brasileira. A premissa de que a educação é a chave para o desenvolvimento tem servido muito bem, quando aplicada por governos sérios de outros países em seu sistema educacional. Por que será que essa chave não se conforma à nossa fechadura? Talvez em razão da inércia ou má vontade dos nossos dirigentes em tentar abrir essa porta.

De Paulo Freire só conhecemos até agora esta obra. Não obstante, apesar do universo de tantas, esta, talvez, seja o suficiente para formarmos uma opinião valorativa do autor. Ressalvamos que o destaque à sua figura é feito tendo em vista que ele se entranha tanto em sua obra, que ambos acabam por se confundir.

O livro deve ser objeto de séria reflexão por parte daqueles que, de uma maneira ou de outra, se liguem à problemática da educação no Brasil ou que por ela se interessem.

Teresina-PI, out/ 2007

(Publicada na revista Cadernos de Teresina, Ano XXIV, nº. 41 – fevereiro 2010)

* Conselheiro Editorial da Fundação

Cultural Monsenhor Chaves – FCMC,

De maio de 1996 a out/2000 e novamente a partir de jan/2009.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Casa tem curto circuito e pega fogo em Francisco Santos.

No bairro Portelinha uma casa pega fogo após um curto circuito na rede elétrica, que dizem os moradores do bairro era precário, e dizem que era feitos só de gambiarras. Os moradores viram a tempo e por sorte ninguém ficou ferido.






quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fotos do Projeto RONDON aqui em Francisco Santos.

Foram dias inesquecíveis aqui em Francisco Santos, nossa cidade nunca será mais a mesma após o projeto RONDON passar por aqui. Foram várias palestras, minicursos, cinema, conversas, debates, visitas, tudo no intuito de integrar as pessoas a sociedade. Como os rondonistas diziam "Integrar Para Não Entregar". Todos nós agradecemos a visita e a disponibilidade deste pessoal que vem de tão longe para ajudar pessoas desconhecidas, como voluntários, sem remuneração. Esperamos que essas atividades produzam muitos frutos e que a nossa cidade possa por em prática tudo aquilo que foi passado pelos rondonistas.