DE ESTRADAS E DE... V I D A S
Estrada longa,
muito longa,
sem fim . . .
Branca e
e solitária . . .
Por ela passaram v i d a s,
por ela desfilaram sonhos,
quimeras se desfizeram;
na estrada longa,
muito longa,
solitária,
branca e fria...
Um dia (quando foi?)
a estrada não existia,
era selva bruta, rochedo íngreme
Um dia, muito mais tarde (quando será?)
a estrada deixará de existir.
Por ela já não passarão v i d a s,
já não desfilarão sonhos:
só quimeras se desfarão!
O que não era veio a ser
e deixará de ser da mesma maneira.
Uma estrada é como a vida:
um nada, ontem;
uma realidade, hoje;
amanhã, uma quimera!
Ah, vaidade das vaidades!
As estátuas, símbolos do humano orgulho,
e da vaidade humana,
serão destruídas a martelo;
os epitáfios esvair-se-ão com a intempérie;
a lembrança ficará embotada nos réquiens
diuturnos da saudade,
nos padrenossos balbuciados
na semi-inconsciência do sono,
até que advenha o lusco-fusco do esquecimento total.
Enquanto isso, pelo mundo afora,
estradas continuarão levando v i d a s,
trazendo sorrisos,
espalhando lágrimas
como o destino incerto dos que passam...
“Estrada, aonde vais?”
“A lugar nenhum e a qualquer parte.”
“Me deixa ir contigo?”
E o homem vai,
vai sem destino,
sem tino,
para a glória efêmera,
para o berço do nada,
para o fim sem memória,
para o Encontro do Nihilismo corpóreo com o Espírito Imortal.
Ser - e deixar de ser - é não ver o tempo passar,
é existir na essência do momento,
no átimo de tempo,
no segundo de vida,
na eternidade da morte, até o acordar
no PARASSEMPRE DE DEUS ! ! !
Belo poema.
ResponderExcluirGostei, Bosco. Esperamos outros.
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