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terça-feira, 1 de março de 2011

Crônica do Escritor João Bosco "MEDO DE ALMA E OUTROS MEDOS MEDONHOS"

Esta é uma crônica e conto (porque parte é ficção) denominado MEDO DE ALMA E OUTROS MEDOS MEDONHOS, que faz parte do romance inédito ASSIM NA TERRA COMO NO SONHO. Nele, a personagem INOCÊNCIO narra em primeira pessoa as estórias de assombrações, lobisomens e aparição de almas penadas no tempo em que eu era menino. Hoje essa face ingênua de nossa gente desapareceu. Qual é o jovem (ou mesmo adulto/a) que tem medo de alma ou acredita em lobisomem, visagens, assombrações? Em meu tempo, isso chegava ao estado de morbidez.

João Bosco




MEDO DE ALMA E Outros Medos Medonhos

Nossa casa na Ribeira não era mal-assombrada. Mas que era de meter medo, isso era! Enfeitando-lhe a frente, o flamboyant que, em finados, ficava rubro em suas flores sangüíneas. Os fiéis que passavam para o cemitério, em visita sentimental a seus mortos queridos, desviavam-se de sua rota e vinham colher punhados delas para o adorno das sepulturas rasas.



Plantava-se num alto de areia - Alto do Trapiá -, dominando-o altaneira e imponente, seus tijolos ocres e o telhado enegrecido a contrastarem com a verdura dos trapiás, juazeiros e vetustas oiticicas em derredor. Alta, de oitões, embora simples, tinha algo de senhorial e severa. Duas portas e duas janelas frontais, aos pares, permitiam o acesso ao seu interior. Não tinha saída nos fundos. Apenas uma porta de oitão dava passagem para a cozinha, que lhe ficava, como apêndice desfigurador, do lado esquerdo de quem a olhasse de frente.


As paredes externas eram nuas e seu interior, se bem que emboçado, tinha apenas a varanda caiada a tabatinga, por ser a sala dos santos. Era aí que dormia João Antônio, em seus períodos de férias, ou o raro visitante, quando a hospitalidade incluía o pernoite.


No restante de suas dependências, fechadas por paredes quase à altura do teto, reinava a penumbra. No quarto do meio, dois furos de andaime não tapados por descuido do construtor ensejavam a penetração de fachos de luz em dia de sol, como se fossem potentes faróis de automóvel. Quando eu era menino, quedava-me horas a observar as partículas de poeira assim iluminadas, a rodopiarem em lento e eterno bailar. Sem noções outras de conhecimento mais aprofundado, ficava a me perguntar por que elas só ficavam ali, circunscritas naquela réstia de luz. Em outros ambientes, como no quarto do caixão de farinha, a escuridão era total.


Por tudo isso era escura, à exceção da sala da frente e da varanda, que tinham janelas e portas frontais. O visitante, ao penetrá-la, sentia um arrepio involuntário, como se fora um toque de mistério e pavor. Nós, entretanto, acostumados desde criança àquela pesada atmosfera, ríamos da incauta manifestação, enquanto tentávamos acalmar a visita com palavras animadoras. Leila, minha mulher, ao visitá-la pela primeira vez, experimentou essas desagradáveis sensações. Acho mesmo que jamais se acostumou àquele ar de mistério e à sensação de medo que dela se apoderou durante os períodos de férias que ali passou. Mesmo porque, principalmente à noite, seu vasto telhado servia de palco à correria de gatos, ratos e cobras.


À noite, então, a escuridão era total. Luz elétrica não havia e candeeiro, inclusive por medida de economia, somente era aceso na hora do Santo Terço. Escureceu, ninguém ficava dentro de casa. Saía-se para o terreiro para conversar, enquanto miríades de pequenas lâmpadas iam-se acendendo no céu.


A mente, aí, desobstruía-se, permitindo momentos de descontração à fresca brisa da noite, com benéficos efeitos para os torturados corpos moídos das fadigas do dia recém-findo.


Se uma pessoa quisesse beber água, iria no escuro, apenas o hábito e o tino a servir de orientação. Que o pote a gente encontrava de olhos fechados. Modo de dizer, pois o próprio escuro encarregava-se de fechar os olhos ao sedento. Difícil, no entanto, era alguém ter sede. A não ser meu pai, todos nós tínhamos medo de entrar em casa, à noite.


Vivia-se um tempo de pavor, a mente cheia de receios e ocultos medos. Medo de Lampião e seus cabras, que "faziam mal" às mulheres e capavam os homens. Lampião se fora há muito, mas sua fama de malvado continuou por muito tempo. Medo do Negro do Pé Branco, que matava as pessoas para comer-lhes os miolos. Medo de outros doidos que diziam vagarem pela região, furiosos que só o tronco era capaz de segurar. O exemplo estava ali pertinho, no Diogo. Vicente, nosso primo em segundo ou terceiro grau, vivia há anos encerrado num quarto e amarrado a correntes, feito bicho bruto. Medo de Celso e de Zezé de Apolônio, nossos vizinhos. Esses eram loucos mansos e só procuravam comida.

E vinham outros medos menos palpáveis e por isso muito mais medonhos. Os lobisomens, que corriam às noites de quintas para sextas-feiras. Dizia-se que os amancebados viravam lobisomem. Em toda a Fazenda, tinha-se notícia de apenas dois casais nessas condições. Por essa época correu falação de que um desses cidadãos tinha virado uma enorme cobra preta. (Cruz credo, Virgem Maria, que isso não é gente, é o demônio! - diziam as santas mulheres em suas rezas). Certa noite, sua amásia, então de resguardo, acordara com a cobra sugando seu peito, enquanto a criança mamava no rabo da peçonhenta. Isso já corria como estória de Trancoso, mas foi associado ao casal, não se sabe se por pura maldade ou se fruto de alguma mente doentia.

E vinham estórias de visões, abusões e visagens. Fogos-fátuos e assombrações corriam mundo. Conhecidas eram de todos as histórias das bolas de fogo que corriam na casa de seu Antão Rodrigues, às vezes em plena luz do dia! O pote, urna funerária contendo a ossada de uma criança, arrancado durante a escavação dos alicerces, ficou exposto à curiosidade da população por muitos anos, até que um zeloso sacerdote recomendou reenterrá-lo, juntamente com seus despojos mortuários.

E as terríveis assombrações e horrorosas marmotas que apareciam àqueles que tentavam arrancar os sonhados potes de dinheiro? Ainda havia pouco meu pai sonhara com uma botija enterrada junto à raiz da caroba, na Serralta. As tentações para arrancá-la foram muitas. Mas, então, vinham dois contraditórios a impedi-lo ou a desaconselhá-lo da empreitada. O primeiro, era sua convicção profunda de que não se deve mexer nas coisas dos mortos, para não lhes perturbar a paz dos túmulos e dos próprios espíritos. O segundo, era o medo. No próprio sonho, tivera uma mostra das coisas horríveis que teria de enfrentar: ruídos infernais, feras horrendas, visões fantasmagóricas. Coisas de arrepiar! Desistiu da idéia. Nunca mais foi à casa de seu filho João Carlos por esse caminho, uma vez que a árvore lhe ficava bem próxima, na passagem de um grotão.

Outro motivador desse medo irracional era o cemitério. Distante da cidade, dificilmente era visitado em outra época que não em finados, quando então a multidão o transformava completamente. Para os adultos, não deixava de ser o campo santo onde repousavam seus mortos saudosos. Para a meninada, no entanto, era quase lugar de folguedo. O choro silencioso de uns, as longas orações fúnebres de outros, o vozerio, as falas sussurradas, a fragrância das flores de mistura ao odor das velas brancas, tudo, para os meninos, tomava um ar de festa, os poucos túmulos a servirem-lhes de esconderijo e brincadeiras.

Fora daí, era evitado, sempre olhado por cima do lombo, com um misto de temor e reverência. Poucos hão de negar o frio na espinha e o olhar enviesado, quando lhe passavam em frente, mesmo em plena manhã, os passarinhos em festa na ramaria do frondoso pau-d'arco que lhe ficava no canto direito da parte frontal.

A propósito, conta-se um bizarro caso de um rapaz que, a pretexto de ganhar uma aposta, certa noite arrancou o cruzeiro da frente da igreja e foi fincá-lo bem no centro do cemitério. A aposta foi ganha, mas o moço, antes alegre e extrovertido, nunca mais foi o mesmo. Passou a beber, tornando-se um viciado. Chegou-se, inclusive, a falar em sua excomunhão; mas como era de família importante, a história foi abafada e o padre não ficou sabendo, quando veio em desobriga. Conta-se também que outro cidadão, que sofria das faculdades mentais, numa noite chuvosa teria arrancado o sino da torre da igreja e fora pendurá-lo na cruz de uma sepultura. Afora esses dois casos, que são reais ao que parece, ninguém tem conhecimento de pessoas outras que tenham "brincado" com o assunto.

Entre nós, lá em casa, o caso era tão grave que ninguém, na hora de dormir, queria ficar do lado do cemitério. Dormir daquele lado significava estar no caminho das almas. Se, por acaso, viessem pedir alguma reza, como se dizia que vinham, apareceriam àquele que estivesse em primeiro lugar. Eu mesmo, quando ia dormir na casa de Batista, meu sobrinho, já pedia que armassem minha rede do "lado de cima", ao que Julimar, meu cunhado, refutava, fazendo pilhéria:


- Deixa de besteira, cabra frouxo. Alma não tem lado certo de chegar, não; vem de qualquer lado, até por baixo da rede ela vem.

Mesmo assim me sentia mais seguro com a rede armada do "lado de cima", isto é, do lado do nascente, contrário ao do cemitério.

E vinha, por fim, o maior de todos os medos, derivado do medo anterior: o medo de alma. Mortes e mortos eram uma realidade cotidiana. Todos tinham os seus mortos e em toda família, mais cedo ou mais tarde, alguém teria de morrer. Logo, havia as almas dos familiares, dos amigos e dos estranhos. E a gente acreditava piamente na sua existência. E também na sua aparição.

Os medos, nesse particular, eram alimentados por histórias de aparições, cada qual com seus detalhes, suas fantasias, mistérios e mistificações. "A alma de Maria de Zé Cinobe apareceu a Conceição, uma menina de apenas sete anos". Só podia ser verdade, que menina de sete anos não tinha pecado. "Zé Gonzaga falou com a alma do finado João Tenório". Só podia ser verdade, que Zé Gonzaga era um velho sério e não tinha precisão de mentir.

Além dessas histórias, vinham os sonhos, reflexos de toda essa mística mórbida em torno de mortos e de almas. Sonhava-se vendo o morto em seu caixão ou vendo sua alma em vestes brancas e resplandecentes. Os mais corajosos diziam que com elas conversavam, e pela manhã contavam tais conversas, enfeitando, acrescentando pormenores, transmitindo, inclusive, recados de além-túmulo a parentes e amigos. Os medrosos, se sonhavam, punham-se a rezar e a suplicar encarecidamente àquela bendita alma que se dirigisse ao Papa, único ser na terra capaz de poder ajudá-la.

“Vá pra Roma! Vá pra Roma! Vá pra Roma!”

O bordão devia ser repetido três vezes para fazer efeito. Esse foi o ensinamento que eu mesmo aprendi dos mais velhos, para o caso de alguma alma aparecer. Naturalmente o pedido devia ser seguido de três padre-nossos e três ave-marias, rezados em intenção da alma penada.

Coisas desse tipo iam enchendo de pavor a imaginação infantil, transformando-se o medo numa fixação doentia ou em morbidez obsessiva. Quantas vezes, quando rapazinho, deixei de ir a uma festa ou à cidade, que rueiro era muito, simplesmente por medo de retornar para casa à noite? Ih! não foram poucas.

Morávamos no arrabalde, a mais de um quilômetro da cidade. No percurso, sem nenhuma outra morada, ficavam muitos "pontos de medo". O corredor escuro formado pelas oiticicas de Batista, o mulungu e o juazeiro, na descida do rio; a entrada do beco do Brejinho, de onde se contava ter “estufado” um bicho-lobisomem seguido de sua cachorreira infernal; a subida do rio, no sentido de casa, quando invariavelmente a camisa colava-me às costas; a cruz de Marica, morta em maio de 1927, bem no começo do Alto do Trapiá, quase chegando.

"Deus vos salve cruz bendita, cruz de Nosso Senhor, queira salvar esta alma que neste lugar expirou". Nem essa jaculatória ensinada por meu pai me salvava do medo gélido. Olhe que eu já começava a rezá-la duzentos metros antes.

E o que dizer da chegada em casa, o descampado que parecia me deixar desprotegido, mil olhos invisíveis à espreita? Foi ali que Carlos, meu irmão, afirmava ter visto um bicho pavoroso, bem maior que um cavalo, a correr de um lado para o outro, a tropelia dos cascos a “salabancar” e a ensurdecer. E foi encostada à forquilha do estendedor de carne, perto do flamboyant, na frente lá de casa, que Mundico Mouco, meu cunhado, hoje falecido, jurava ter visto uma alma penada a implorar orações. Em sua história, pintava um retrato tão triste dessa alma que a gente, em vez de medo, chegava a ter pena dela. Ficou conhecida como "a alminha" do Mouco, e chegou a ganhar muitos padre-nossos e ave-marias, inclusive com pedidos de que não nos aparecesse, mesmo em sonho.

Minha vida de rapazinho peralta era boa. Requestado pelas moças, querido de todas, pagava em medo o alto preço de ir vê-las todas as noites. Ah, quanto pavor! Era uma carreira só, da última casa na cidade até a nossa. Quanto alívio ao ouvir o Velho - meu bom e querido velho João Lucas - girar a chave na fechadura!

Por esse tempo circulou boato de um caso de morte no Diogo. Dois garotos de nove e dez anos brincavam em casa certa manhã quando, de repente, o mais velho resolveu ir tirar uns umbus no umbuzeiro que ficava ali perto. Passado algum tempo, o outro, com a intenção de pregar-lhe um susto, enrolou-se em lençóis brancos e foi até aonde estava o amigo a colher os cítricos. O garoto, ao deparar-se com aquela assombração, caiu desfalecido.


O susto parou-lhe o coração.

Teria, coincidentemente, ocorrido uma parada cardíaca? Ou teria morrido de susto ou medo? O fato nunca foi esclarecido. O garoto sobrevivente, ao tornar-se adulto, ganhou mundo afora e nunca mais retornou nem dele se teve notícia.

Era esse o mundo de minha infância - mágico, mítico, místico -, histórias de assombrações povoando corações e mentes. Noites de segunda-feira, que me prendiam em casa! Quem se arriscava a sair no dia das almas penadas do purgatório? Noites de quinta para sexta-feira! O lobisomem a correr pelas estradas e becos, quem era doido de sair?

Eis minha casa - a casa paterna -, com seus quartos escuros, iguais a tantas outras, com aquele ar de mistério e pavor! Velha casa, virada para o nascente, quantos sóis viste nascer? Hoje o tempo, impiedoso, te vai a pouco e pouco - inexoravelmente - transformando em ruína.

A essa casa, como eu amava - e quanto!?

Eis minha terra de outrora – meu querido Geralho - em que almas do outro mundo, des/conhecidas e/ou des/ou/reencarnadas, povoavam as mentes impressionáveis de crianças e adultos. Hoje essa face mística/mítica está desaparecendo. Nossos medos são outros, bem mais físicos e palpáveis: o medo dos vivos!

Que os mortos, como dizia meu pai, não mexem com ninguém.

11 comentários:

  1. JOÃO BOSCO,
    Voce foi eleito o nosso biógrafo/historiografo oficial faz tempo com honra e mérito. Com a feitura do hino a terrinha(que maravilha), com este livro dos espritados(eita nomezinho complicado dificil de engolir, mas o livro é simplesmente fantástico), com todas as obras publicadas e as outras que virão certamente.
    Quanto ao blog é uma ferramenta importante, que esta nos dando a oportunidade de conhecer o seu trabalho e vamos conhecer todos.
    P.S. - Voce enriquece o blog com a sua cultura, inteligencia, e principalmente, escreve sem amarras, sem rancores, com grandeza.
    Parabéns pela cronica e mais uma vez pelo conjunto da obra.
    FAR

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  2. Bosco,

    Adorei as histórias de medo de alma. Em minha casa não era bem assim. A minha mãe não gostava de propagar histórias de alma. Quando acontecia alguém contar uma, ela logo avisava aos filhos, isso não é sério. Estava só sendo sincera, porque ela, na verdade, não acreditava que os mortos aparecessem aos vivos. Assim, lá em casa, somente minha irmã Tamo (Maria do Carmo) pegou medo de alma (era assim que se dizia).
    Parabéns pela sensibilidade e inspiração. Continuo aguardando, aqui no blog, aquela crônica que relata uma travessura de Tio Roldão.

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  3. realmente tio,aquela casa era bem escura e isso causava arrepios, desde pequena frequentava lá,acompanhada da minha mãe ou irmãos.. continuei sempre visitando os torrões do outro lado do rio.uma pena que hoje não existe mas a casa, tudo mudou. mas as lembranças continuam vivas em nossa mente.
    eu nunca tive medo dos mortos, todas as vezes que alguem falecia, eu tinha que ir no enterro ou no velório, pois eu tinha que ver aquela pessoa pela última vez pra ter certeza que ela se foi...
    caso não fosse no velório, ficava dias pensando e com aquela sensação de frustração.(risos) mas todos nós temos os nossos medos.
    além do medo dos vivos, esse é o pior, temos que estar de olhos bem abertos.
    monica silva

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  4. JOÃO BOSCO
    Quem resiste ao dar uma passada no blog e deparar com a nossa história contada por alguem que vivenciou realmente, que conhece profundamente as nossas raizes.
    Continue contando as suas histórias, a nossa história para o deleite de quem ama essa terrinha querida.
    Sinceramente, me emociono todas as vezes que leio as suas obras e isso não tem preço.
    Obrigadooo

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  5. Caro Bosco,
    Belíssima cronica,

    Conforme citado em postagem anterior minha infancia vivi ali muito proximo, um pouco acima do bairro Trizidela, embora tenha sido alguns anos mais tarde(decada de 80/90). A casa velha, os contos, os nomes, os lugares sao quase todos "familiares". No momento que leio faço uma viagem por eles, por minha infancia - arrepiado e nostálgico.

    Osni Moura

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  6. João Bosco,
    Li sua crônica e confesso que várias lembranças de minha infância vieram a tona, principalmente, quando sentávamos, eu e meus colegas, na calçada de mãe Francisquinha e passávamos horas ouvindo suas histórias de assombração. Aqueles momentos nos causavam espanto, pois eram fatos "verídicos" contados por ela, que aconteceram com a própria ou com conhecidos. Embora não faça muito tempo que eu fui criança em Francisco Santos, em meados da década de 80 e início da de 90, todos esses medos e lendas ainda existiam, diferente de hoje em dia que "tudo" acabou.

    Att. Jânio.

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  7. Crônica bem escrita e interessante. Realmente perdeu-se hoje, as crianças e os jovens todo o MEDO de visagens, almas, assombração... Como citado no post acima,lembro-me também das estórias contada por quinquinha sobre visagens e casas mal assombradas, inclusive a casa dela que a mesma sempre via/ouvia pisadas de seu falecido marido antônio.

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  8. OBRIGADO a todos que se manifestaram.E aos que leram, mas não se pronuniaram.
    Ao amigo Antônio José, quero dizer que as ilustrações estão soberbas; apenas a casa não era de andar. Aliás, você até já postou uma foto dela no blog. Enquanto vocês não se entediarem de ler minhas "escrevinhações", as estarei disponibilizando neste blog.
    E a minha sobrinha Mônica, quero pedir que me mande o seu e-mail, pois as vezes a gente precisa se comunicar de forma mais reservada. O meu é: jobossil@hotmail.com
    Abraços a todos
    João Bosco

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  9. Amei este conto. Lembrei com saudades da minha infância no nordeste. Das estórias que eu ouvia quando pequena e me faziam até chorar. Relmente hoje os medos são outros...

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  10. Oi leitores! Gostaria primeiramente de parabenizar esse blog,muito rico de informnações.Tudo que se refere a essa vizinha cidade me interessa, pois me sinto uma "espritada" também, já que muitos dos meus parentes moram nessa cidade,também admiro muito esse povo guerreiro, religioso e solidário.
    Adorei essa crônica de João Bosco, pois nos relembra estórias que ouvia meus avós contarem e gostaria de saber como faço para adquirir o livro do escritor, se não me engano no final de 2010.

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  11. Prezada Ione Lima.
    bom dia.

    Muito obrigado pelas referências à terra e à crônica. Para adquirir o livro, basta entrar em contatro com meu e-mail jobossil@hotmail.com fornecendo o endereço para onde remeê-lo. Ou ainda com minha irmã Geralda, em Picos ou Agnaldo, em Francisco Santos.
    Saudações
    João Bosco

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