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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Artigo de autoria de José Carmo Filho, residente em Brasília, DF.



EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE – EQM


Este é um assunto muito comentado e analisado nos meios de comunicação. Diversos estudos e pesquisas também constam de livros editados em várias partes do mundo. Tudo gira em torno de situações especialíssimas vividas por inúmeras pessoas, quando suas vidas se achavam por um fio, ou seja: a morte parecia iminente. Os relatos sobre esses eventos são abundantes e se acham espalhados por toda parte. Segundo pesquisa do Instituto Gallup, 22 milhões de pessoas passaram pela EQM, nos Estados Unidos da América do Norte.

Do ponto de vista científico (não acadêmico), há muitas explicações para o fenômeno. Alguns médicos lhe dão como causa uma reação fisiológica do cérebro à hipoxia (diminuição do oxigênio do sangue). Aqui e ali são ouvidas algumas opiniões de psiquiatras, psicólogos, religiosos e outros estudiosos, nem sempre convergentes, ensejando explicações com enfoques diferenciados. Há, entretanto, um consenso: o fato existe, é real. Por conseguinte, é passível de ser pesquisado. Se ainda não há recursos tecnológicos que permitam uma investigação científica de profundidade em torno do binômio matéria/espírito, nada impede que se recorra a outras áreas do conhecimento na busca de respostas esclarecedoras.

Na verdade, só recentemente surgiu interesse da comunidade científica sobre o assunto em exame, embora ele seja conhecido desde a Grécia Antiga. Foi estimulada principalmente pela edição dos livros A vida Depois da Vida, de Raymond Moody, e Sobre a Morte e o Morrer, de Elizabeth Kluber-Ross, o primeiro editado no ano de 1975. Daí para cá várias publicações abordaram este tema nos mais diferentes meios de comunicação as quais acrescentaram mais informações e depoimentos de várias pessoas que tiveram a sensação de se encontrarem à beira da morte. Entretanto, nenhum fato novo digno de nota sobre a verdadeira causa deste fenômeno foi registrado. As explicações mais comuns dos especialistas ficam por conta de alucinações do cérebro em razão das condições desfavoráveis de seu funcionamento, inclusive por uso de substâncias alucinógenas.

Estudos realizados pelo Dr. Karl Jansen trazem a conclusão de que o uso da substância ketamina pode levar à reprodução de todos os efeitos da EQM. Já outros pesquisadores afirmam que o uso de algumas drogas, como o LSD e anestésicos, provocam as sensações parecidas ou semelhantes, com o que não concorda o Dr. Melvin Morse, que é tido como grande autoridade no assunto. A Dra. P.M.H. Atwater, que pesquisou mais de 3.000 casos de EQM, apresenta conclusões interessantes que, em resumo, podem ser traduzidas pela melhoria no estado da saúde e profundas transformações no campo psicológico e emocional a favor do bem estar das pessoas que viveram tais experiências. Há, como se vê, desencontro de opiniões, fato absolutamente normal quando se trata de assunto mal resolvido ou ainda não convenientemente esclarecido. A resolução definitiva do problema pode demorar muito, haja vista a vertente da intangibilidade do qual ele se reveste.

O Dr. Raymond Moody pesquisou a fundo o depoimento de várias pessoas, tidas e reconhecidas como normais e sérias, que vivenciaram experiência do gênero, a partir das quais estabeleceu padrão de comportamentos comuns em quase todos os casos analisados. Destaca-se entre eles a visão de um túnel escuro e de um ser de luz. Na maioria das pessoas ouvidas, há o relato de um estado de bem estar íntimo extraordinário. Muitos dos depoentes se vêem fora do corpo, observa-o, acompanha a atuação de médicos, de enfermeiras e de familiares. Outros afirmam ver e contatar familiares já falecidos. A maioria declara não mais ter medo da morte e modifica profundamente sua visão da vida, passando a se comportar e agir de acordo com valores mais nobres e edificantes.

Tomando-se como base para discussão o quadro comportamental das pessoas que vivenciaram a experiência de quase morte (EQM), levantado pelo Dr. Moody, como explicar que um cérebro convulsionado possa ensejar um bem estar indescritível constatado em centenas de depoimentos? Por que, no caso dos epilépticos, cuja característica aparente é uma convulsão, não há relatos de manifestação semelhante? Como entender que algumas pessoas convulsas apresentem tais fenômenos e em tantas outras, nas mesmas condições, nada acontece? Como pode uma pessoa no estado de profundo transtorno, tomar conhecimento das coisas que estão ocorrendo em torno de si, se estaria vivenciando um estado convulsivo, o que significa uma expressiva perturbação da mente?

Essas indagações e tantas outras que podem ser formuladas lançam dúvidas sobre as tentativas de se explicar este fenômeno à luz dos conhecimentos científicos atuais. A primeira grande dificuldade está no fato de que a ciência sequer admite a existência do espírito. Suas pesquisas e investigações são restritas exclusivamente ao campo material, como se nada mais existisse. Com o advento da Física Quântica, ainda que de forma parcimoniosa, ensaiam-se os primeiros passos além das fronteiras da matéria. É verdade que grupos de cientistas pouco representativos no universo da ciência, mas muito respeitados, como por exemplo, Rupert Sheldrake (biólogo), Fritjof Capra e Amit Goswami (físicos), avançam no sentido de encontrar uma conexão com a espiritualidade. É o que o historiador Arnold Toynbee denominou de as minorias criativas que, no caso em foco, pela sua eficiente atuação tem movimentado interesse crescente, envolvendo pesquisas individuais e coletivas, dentro e fora de muitas universidades no mundo inteiro, sem se falar dos inúmeros livros e filmes lançados sobre assuntos correlatos, principalmente nos EUA.

No campo do esoterismo e de algumas correntes religiosas, há explicações que, até prova em contrário, parecem mais aceitáveis, na minha percepção. O que há em comum entre estes pensadores é a realidade espiritual. O ser humano seria então formado de um corpo material e de outro espiritual (citado por Paulo de Tarso), mais outros intermediários de natureza sutil. Para uns, o ser humano seria composto de três corpos e, para outros, até sete. Outro entendimento admitido pela maioria dessas pessoas é de que em determinadas circunstâncias o ser espiritual se liberta dos liames que o prendem ao corpo material (sem ruptura) a ele retornando posteriormente. Se isto não ocorresse à morte seria inevitável.

Deve-se levar em conta também que a emancipação parcial do espírito ocorre com mais frequência do que se imagina na visão de numerosos espiritualistas. Isto seria muito comum quando dormimos e sonhamos (nem todos os sonhos). Verificar-se-ia também no sonambulismo, no êxtase, no desdobramento espiritual, na viagem astral, na bilocação (o corpo se encontra em um determinado lugar enquanto espírito se manifesta em outro bem distante). Este último fenômeno teria ocorrido com Santo Antônio de Pádua que pregava em um determinado lugar da Itália, ficou imóvel por algum tempo, enquanto teria feito, neste exato momento, ardorosa defesa de parente, em Portugal, que respondia a acusações na Justiça. Alguém poderá contrapor: nada disso tem provas científicas. Como já afirmado antes, neste campo os cientistas se mostram silentes na formulação de uma teoria amplamente aceita, seja por preconceito, por orgulho ou por falta ainda dos meios adequados. Isto não impede que as coisas possam ocorrer exatamente como relatadas.

Destaque-se, por último, que pacientes submetidos à anestesia geral alegam ter experimentado situação muito parecida com os casos de EQM. A propósito trago o testemunho de pessoa de minha intimidade com relato de algo muito parecido. Anestesiada para uma cirurgia (retirada) das amígdalas, achou-se diante de um tubo esverdeado, em movimento. Segundo ela, em tempo muitíssimo curto, viu sua vida espelhar-se em tela mental, como se um filme fosse, desde a mais tenra idade, etapa por etapa.

Como se vê, o campo é fértil para discussões e considerações variadas, inclusive neste blog. Todos podem contribuir, inclusive com fatos inéditos dos quais tenham conhecimento e tendo como meta melhor compreensão da EQM, sem deter a pretensão de ter dado a última palavra sobre a matéria, condição esta a que me submeto sempre.

O assunto não se esgota nestas breves palavras. Entretanto, num trabalho simples e despretensioso como o presente não há espaço para vôo mais alto, até mesmo por falta de combustível intelectual do seu autor. A intenção precípua é informar e instigar as pessoas a se interessarem por essas questões transcendentais, especialmente porque elas têm muito a ver com a vida e a morte, temas palpitantes na mente das pessoas em todos os tempos. É mais uma janela aberta que nos possibilita vislumbres de outros campos dimensionais.



P.S – EQM: iniciais de Experiência de Quase Morte.

2 comentários:

  1. Conheço uma pessoa que teve EQM.
    quando se submeteu a uma cirúrgia e tomou anestesia geral.
    "sentia como se estivess oca por dentro, gritava muito, ouvia seus próprios gritos.
    ela corria dentro de um túnel cinza e contra ventos fortes
    e depois voava por entre nuvens e via um campo florido lá embaixo.
    e sentia que tava indo embora , mas lutava contra, sentia que não era sua hora.
    e precisava voltar.
    sentia como se a vida estivesse por um fio.
    mas ela queria muito viver....
    e ela não gostou da experiência.
    no caso, essa pessoa se sentiu como se estivesse indo pra outra galáxia,outra dimensão.
    foi muito traumático e pertubador.
    uma sensação de uma pesssoa que está afogada e quer sair daquela água e sobreviver.
    quando abriu os olhos e viu que tava viva, sentiu uma paz muito grande."


    - acho que depende muito do estado psicológico de cada pessoa, por isso os diferentes casos de EQM. cada pessoa tem uma reação e sensações diferente.
    Mônica silva

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  2. boa tarde!!!
    Fico feliz por ver no blog postagens que nao tratam de política. Caro Zé Carmo gostei muito do seu artigo, é um tema deveras polemico.
    Parabens pelo texto, espero que postem mais!
    José Osni de Moura
    Saboeiro(CE)

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