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domingo, 6 de novembro de 2011
Mais um dia de finados e o cemitério velho agonizando!
Mais um dia de finados em Francisco Santos, com grande movimentação de pessoas nos cemiterios da cidade, com conterrâneos que vem de longe visitar entes queridos enterrados na cidade. Nas fotos podemos ver que os cemiterios velhos que são um patrimonio da cidade pela sua importancia histórica, continuam no total abandono, por entre o mato, a solidão, os vandalos, o tempo e o esquecimento das autoridades. É notável que os velhos cemiterios estão se acabando aos poucos e não se sabe quanto tempo mais eles irão aguentar sem as reformas que precisam para continuar em pé.
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Concordo plenamente com você, Antonio José. Acho que o município deveria restaurar o cemitério velho. Poderia até haver uma campanha para arrecadar fundos e, assim, a população também contribuir. Fica aqui a sugestão.
ResponderExcluirCom os Mortos
ResponderExcluirde Antero de Quental
Os que amei, onde estão? Idos, dispersos,
arrastados no giro dos tufões,
Levados, como em sonho, entre visões,
Na fuga, no ruir dos universos…
E eu mesmo, com os pés também imersos
Na corrente e à mercê dos turbilhões,
Só vejo espuma lívida, em cachões,
E entre ela, aqui e ali, vultos submersos…
Mas se paro um momento, se consigo
Fechar os olhos, sinto-os a meu lado
De novo, esses que amei vivem comigo,
Vejo-os, ouço-os e ouvem-me também,
Juntos no antigo amor, no amor sagrado,
Na comunhão ideal do eterno Bem.
Certamente as pessoas responsáveis por cuidar melhor do local onde estão enterrados muitos dos seus que já se foram, imaginam que nunca irão morrer. Espero que daqui a alguns anos quando eles também se forem pois ninguém é eterno. Os governantes da época dispensem a eles o mesmo tratamento que hoje dispensam a seus antepassados.
ResponderExcluirJoao Batista Rodrigues
Nada mais triste que rever ruinas. Principalmente desse tipo. Até parece que os mortos um dia não foram vivos. Nuvens em céu de vento? Quem os lembra? Algum amoroso filho? Uma viúva chorosa? Mas... por quanto tempo?
ResponderExcluirMinha mãe foi enterrada lá. Meu pai, antes de morrer, pediu que o enterrassem junto a ela. E alguns irmãos disseram: ´Ninguém vai lá; fica longe. Está no cemitério da cidade. E ninguém o visita...
Faz mais de 40 anos que ninguém é sepultado lá. Os daquele tempo quase todos já se foram. A juventude? Para ela só existe o agora.
AS nossas autoridades municipais - prefeito, vice, secretários - são todos jovens. São o hoje.
O ontem? Uma parede velha? Um braço de cruz? Túmulos se desfazendo?
Existem outras prioridades, dirão.
É triste rever ruinas...
(Eu colaboraria para soerguer o velho cemitério)
Parabéns a esse jovem para quem o ontem ainda tem alguma significação. Parabéns, Antônio José!
João Bosco
Eu também, é lógico, colaboraria. E peço às pessoas que se manifestem.
ResponderExcluirClotildes
Primoroso!!
ResponderExcluirDeveras primoroso o resgate que Clotildes fez desse poema de Antero de Quental, no presente contexto. Inclusive, até acho que esse poema, em razão da sua singular beleza, deveria ser exposto, com grande destaque, em todos os Campos Santos, para homnenagear os mortos e celebrar a vida e o amor dos que ainda vivem e acalantam as boas, alegres e felizes lembranças dos seus entes queridos.
Desta forma, o cemitério, antes de ser um lugar de abandono, da desatenção e do esquecimento pelo Poder Público Municipal, deve ser um lugar de atenção redobrada por abrigar o nosso passado, nossa saudade e, portanto, nosso presente, já que é impossível nos divordciarmos dele.
Desejamos, sinceramente, que o Sr. Prefeito, procure e consiga descobrir uma forma de restaurar os nossos cemitérios, de maneira que se possa conceder um repouso digno para os nossos entes que moram lá, e uma paz e um conforto espiritual para os que ainda estão do lado de cá.
Zeareolino
Errata:
ResponderExcluironde se diz: leia-se:
hommnenagear - homenagear;
acalantam - acalentam;
divordciarmos - divorciarmos
Zeareolino