Bem Vindo ao Blog de Fco. Santos - PI

Bem Vindo ao Blog de Fco. Santos - PI
Mate a sua saudade da Nossa Terra

DÔE PARA O BLOG DE FRANCISCO SANTOS - PI

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Artigo do Conterrâneo José Carmo Filho Residente em Brasília




TRANSIÇÃO PLANETÁRIA


Um rápido olhar sobre os acontecimentos mundiais das últimas décadas leva-nos a meditar sobre o que de fato está ocorrendo com o planeta Terra, não só em relação às questões geológicas e climáticas como também no que se refere aos rumos civilizatórios de sua população. Um processo de profundas mudanças em andamento é claramente perceptível pelas pessoas medianamente esclarecidas. Nota-se uma inquietação geral, típica de crises geradas pelas incertezas, no caso, para onde caminha a humanidade. Este tema, pois, tem sido objeto de permanente debate, assim como título de livros, nome de programas, conferências, congressos, etc.

O assunto em tela tem sido também objeto de interesse da ciência e dos governantes, notadamente no que diz respeito ao clima e à ecologia. Grandes eventos mundiais têm sido realizados, nas últimas décadas, no âmbito dessas matérias, como a Conferência do Rio - a ECO 92, o Protocolo de Kioto e o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC. Ao contrário do que era de se esperar, as ações até aqui têm sido pífias, especialmente pela resistência de quem mais contribui para o envenenamento do planeta: os Estados Unidos da América.

O pesquisador inglês e combativo ativista James Lovelock, em seu livro Gaia: Alerta Final, tece pesadas críticas às decisões adotadas no âmbito do IPCC, inclusive a forma como atuaram os cientistas que, em alguns casos, decidiram por consenso. Tal modo de proceder, segundo Lovelock, não se coaduna com o que se espera de quem conhece a fundo causas e efeitos das mudanças sob análise. Afirma citado senhor que as previsões do IPCC, por exemplo, foram subestimadas, fato este comprovado por medições recentes.

Na visão ainda de James Lovelock, a possibilidade da extinção da vida no planeta Terra é fato. No livro A Vingança de Gaia ele afirma peremptório: ‘’vivemos num clima maluco e estamos amaldiçoados não importa o que façamos’’. Apesar de aparentemente exagerada tal conclusão, os registros existentes sobre as alterações no clima, elevação do nível do mar e outros fenômenos telúricos são indicadores preocupantes, até mesmo para os leigos no assunto, como o autor destes comentários.

Nos aspectos geológicos e climáticos, as perturbações são freqüentes e impressionantes. São vulcões a jorrar larvas e fumaças em diversas partes, a ponto de inviabilizar por alguns dias o tráfego aéreo de boa parte do continente europeu. Tsunamis devastadores atingem países com milhares de morte e prejuízos incalculáveis. O excesso de dióxido de carbono, decorrente das queimadas de florestas, da atividade industrial, do uso de combustíveis fósseis e da superpopulação sempre crescente, vai acelerando o aquecimento global. Consequentemente, o processo de degelo se acelera, contribuindo também com a subida do nível dos oceanos. A elevação da temperatura e a acidez crescente das águas do mar comprometem aos poucos as fontes de alimento nelas existentes, especialmente as algas. A desertificação e a seca vão assumindo dimensões preocupantes, reduzindo a produção de alimentos e a fome vai se espalhando, principalmente na África. Necessário ressaltar que estes fenômenos sempre existiram. O que chama a atenção são a frequência, a velocidade e a intensidade dos mesmos, sinalizando sérios riscos para a sustentabilidade da vida no planeta.

O quadro que vai se formando no horizonte é apocalíptico. Ainda assim, observa-se uma passividade estonteante dos detentores do poder. Afinal o que lhes interessa é manter o ‘’status quo’’: crescimento econômico e industrial sem limites, mesmo que isto signifique a exaustão completa dos recursos naturais. Neste contexto, os ambientalistas, incluindo-se aí as ONGS e outros grupos de pessoas preocupadas com a saúde do Planeta, não são bem vistos e muitas vezes até perseguidos por algumas autoridades governamentais.

Nas tradições religiosas, especialmente as cristãs, há menções claras a tempos difíceis, a começar pela Bíblia. Apesar do simbolismo das mensagens evangélicas, há claras referências a profundas transformações que acontecerão. O dia, a hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas somente o Pai (Mc, 13, 32). Sobre o mesmo tema também discorre João, no Apocalipse, a partir do cap. 15, bem como Lucas, Mateus, Marcos e Pedro, na segunda epístola. No Livro a Gênese, o francês Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, com a responsabilidade que lhe era peculiar, afirmou: ‘’são chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que grandes acontecimentos vão se dar para regeneração da Humanidade’’. Este objetivo, entretanto, seria alcançado de forma gradual, no seu entendimento, e não passará necessariamente por mudanças físicas bruscas, aterradoras, mas pela predominância dos bons sobre os maus. Para tanto um processo de seleção já teria sido instalado, segundo fontes respeitáveis. Tal fato mantém coerência com a passagem evangélica onde Jesus se refere claramente sobre a separação dos bons e dos maus (Mt .25, 31-33 ).

Sempre fez parte do imaginário popular o fim do mundo. Possivelmente em razão de inúmeras profecias feitas antes e depois da era cristã. No Antigo Testamento, profecias apocalípticas foram feitas por Moisés, Baruc, Daniel e Elias, entre outros. Já em tempo mais recente, são famosas as profecias de Nostradamus e de São Malaquias. Este último teria previsto, com exatidão, a sua própria morte, e mais, teria indicado de forma alegórica os 112 próximos papas, sendo que o atual, Bento XVI, seria o penúltimo.

Muitas datas para o fim do mundo já foram estabelecidas e nada aconteceu. O ano de 2000 é a mais recente. De uns tempos para cá, as especulações se voltaram para o ano de 2012, mais precisamente para o dia 21 de dezembro. Sobre esta nova data muito já foi escrito em livros, artigos, reportagens, etc. Fala-se em mais de 150 livros editados sobre o assunto. Entretanto, limito-me a citar apenas dois: O Cataclismo Mundial em 2012 e o Código de Órion, ambos de autoria de Patrick Geryl, que toma como base para os seus estudos as profecias maias e egípcias. Segundo este autor, a causa para o fenômeno seria a brusca mudança do eixo da Terra, que provocaria, em larga escala, profundas mudanças na geografia do planeta Terra, desaparecendo a civilização tal como a conhecemos agora. Seu trabalho é embasado, em linhas gerais, em complexos e extensos cálculos, tomando-se como ponto de partida suposto desaparecimento de um continente – a Atlântida – submerso após gigantesca catástrofe em tempos imemoriais.

Há, evidentemente, milhares de outras informações sobre o assunto, inclusive livros e programa de TV, na internet, com o título transição planetária. Mas para o fim aqui colimado, esta visão panorâmica parece-nos adequada para o despertar de muitas pessoas, induzindo-as pelo menos a refletir um pouco sobre mundo atual, suas inquietações e sua quase agonia. Necessário ainda ressaltar que não existe nestes comentários nenhuma intenção de provocar pânico ou outros temores. Trata-se tão somente de abordar um tema que, com muita freqüência, vem sendo debatido e comentado pela mídia e outros meios de divulgação, infelizmente com enfoque maior para a exploração do medo. Contrapondo-se a este clima, entretanto, é necessário enfatizar que todas as datas marcadas pelas profecias para o fim de mundo, desde Zaratustra, erram. Ainda bem!

Apesar disso são fortes as evidências no sentido de que algo pode acontecer nestes próximos anos. Há um clamor das pessoas de bem por mudanças, seja entre os cientistas, religiosos, ativistas, pessoas enfim que sonham com um mundo melhor. Parte dos cientistas adverte para os perigos que nos rondam. De outro lado as profecias de todos os tempos falam de dias difíceis, de muitas dores, de muito sofrimento. Evidentemente é perceptível um processo de mudança em andamento, seja no campo físico do planeta, seja nos valores morais e espirituais. De tudo isto resultará uma nova realidade, e esperamos que não ocorra a partir de uma profunda e brusca comoção geológica do planeta Terra. Ainda assim, há os indiferentes ou que ignoram tudo isto por conveniência e se esforçam ainda mais para sugar a última gota de sangue de Gaia. Seriam os que têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem, de que falava Jesus? Há, entretanto, pessoas mais sensíveis e responsáveis que pensam e agem diferentemente. Eu tento ficar entre estas últimas.

9 comentários:

  1. Belo artigo José Carmo, assino em baixo de todas as suas observações. Para quem como eu acredita na palavra de Deus, ou seja na escritura sagrada, que não trabalha com números, e sim com sinais, acho que eles estão mais que evidentes. Até mesmo nos ensinamentos dos mais antigos já era discutido esse tema: Lembro que minha avó a hipolitana Maria Joaquina, cantava o seguinte, não sei o autor nem onde ela aprendeu isso mais é o que vemos nos dias atuais (QUANDO PAI FOR CONTRA FILHO E IRMÃO CONTRA IRMÃO É SINAL QUE O FIM DO MUNDO NÃO TARDA A CHEGAR MAIS NÃO)
    Mesmo para os céticos que não acreditam em Deus, vale a lógica matemática do começo meio e fim, e a evidências são de que estamos na última etapa embora não saibamos precisar quanto ela vai durar, isso é fato.
    Portanto meu caro, é mesmo de se admirar a cegueira dos gestores mundiais com relação a tema tão relevante e que diz respeito a todos os seres viventes desse planeta.
    Igualmente de admirar é a cegueira dos leitores desse blog, que só se interessam por fuchicos e intrigas políticas, ignorando solemente um artigo dessa magnitude.

    Abraços
    João Batista Rodrigues

    ResponderExcluir
  2. Boa tarde!
    Prezado(s) Jose Carmo/ Joao Batista
    José Carmo - Admiro sua capacidade de escrever! parabens! sempre leio todos os artigos seus, embora possa nao ter comentado algum. Escreva mais!! principalmente sobre nossa amada Francisco Santos, sempre rogo.
    João Batista - tenho certeza, haja vista os pressupostos da linguagem, que seu comentário, em sua conclusão, quis referir-se a "muitos/parte dos dos leitores e ou comentaristas" pois, como eu, há também, vários, atentos aos bons textos e não somente fuchicos e intrigas políticas.
    Um abraço,
    Osni Moura

    ResponderExcluir
  3. Perdão meu caro Osni, não fui feliz no meu comentário, isso acontece quando a gente tem dificuldade com as palavas, como é o meu caso, as vezes se atrapalha também na escrita.
    Um abraço a você e todos os frequentadores do blog;

    João Batista Rodrigues

    ResponderExcluir
  4. Caro João,

    Todos cometemos erros, isso é natural. Incomum e louvável é a sublime atitude de reconhecê-los. Parabens pela sua nobreza!!!
    Osni Moura

    ResponderExcluir
  5. Deixei, de propósito, passarem-se alguns dias da postagem deste belo artigo de José Carmo, como sempre, equilibrados, sensatos, coerentes. Pena verificar que apenas duas pessoas se manifestaram. João Batista não tem que se desculpar não. Abra-se o outro blog e verão 70, 100,mais de 100 manifestaçoes, quando o assunto é político. Não quero, com isso, dizer que não haja pessoas lúcidas e leitores atentos em nossa terra; mas negar-lhes o "gostinho" pela política é querer colocar antolhos. Vejam lá que não estou condenando a política, tampouco quem gosta do assunto. Cada um na sua praia.
    E, João, você se comunica, nada de achar que tem dificuldade com as palavras.
    Ao amigo José Carmo, nossos parabéns por mais esse lúcido artigo.
    João Bosco da Silva

    ResponderExcluir
  6. Boa tarde!!
    Prezado Bosco,
    Concordo com o seu comentario em dizer que todos temos um "gostinho" pela politica e tambem que o Joao Batista se comunica muito bem, agora o que quis mostrar é que há sim uma diferença entre leitores/admiradores/comentaristas. Vejamos que as mais de 100 manifestaçoes as quais vc citou sao potencialmente de anonimos, e pelo teor dos comentarios...
    Um abraco
    Osni

    ResponderExcluir
  7. Parabéns José Carmo pelo brilhantismo com que escreve, esse assunto tem sido discutido por muitos intelectuais mundo afora.
    Abraços !

    ResponderExcluir
  8. Agradeço a todos que leram o meu trabalho. Aos que foram um pouco mais além e comentaram, o meu sincero apreço. Afinal, é por meio dessas manifestações que a gente enxerga outros ângulos de determinados assuntos, enriquecendo o nosso conhecimento. Um abraço a todos. José Carmo

    ResponderExcluir
  9. Otimo texto, muito claro e abrangente , onde o autor nos convida a despertar para uma reflexão mais racional sobre o que acontece a nossa face. muitas vezes, não damos a minima importância a tais fatos, e continuamos alienados e escravos de atitudes imorais e de desrespeito ao planeta e ao nosso semelahnte, parabéns !
    Carlos Lima.

    ResponderExcluir

Muito Obrigado pela sua visita volte sempre e continue comentando no Blog!